Primeiro mês do novo governo: perspectivas e tendências

Por Melissa Morais

Janeiro é sempre um período de reflexão, um símbolo de recomeço e novas oportunidades. Neste ano, o mês também representou o início de um novo mandato. E agora, o que a população pode esperar da saúde em 2023?

Diante dos últimos acontecimentos e da minha análise do contexto do mercado de saúde atual, cheguei à conclusão que podemos esperar que o ano seja pautado por uma preocupação com o Sistema Único de Saúde (SUS), a retomada dos programas de vacinação, a política nacional de saúde mental e a assistência e proteção social à população indígena. Além, claro, da retomada do cuidado em relação às doenças crônicas que, durante a pandemia, foram deixadas de lado, causando agravos relevantes.

Diante de tantos pontos, acredito que o melhor caminho para abordarmos os assuntos, seja seguir em partes. Começando pela cobertura vacinal, acredito que a grande preocupação esteja dividida entre o retorno de doenças que já haviam sido consideradas erradicadas do Brasil, como sarampo e poliomielite, além de outras condições preveníveis, mas que continuam vitimando a população. De acordo com o Ministério da Saúde, em 2022, a vacina contra a febre amarela alcançou apenas 55% da população-alvo, por exemplo. Esforços precisam ser empenhados para que o país volte a ser uma referência internacional em programas de vacinação como já fomos no passado.

Quanto à política nacional de saúde mental, trago outros dois dados alarmantes: conforme a Organização Mundial da Saúde (OMS), a depressão e a ansiedade aumentaram mais de 25% apenas no primeiro ano da pandemia. Ainda segundo a OMS, anualmente, 12 bilhões de dias de trabalho são perdidos por causa de depressão e ansiedade, o que custa à economia global cerca de 1 trilhão de dólares.

Por fim, acredito que é inevitável dizer que a população ainda deverá lidar com os “efeitos secundários” da pandemia, tanto na rede pública quanto privada. Durante o combate ao coronavírus, os focos precisaram ser modificados e, junto a isso, as instituições necessitaram lidar inicialmente com a escassez, e agora com a escalada no preço dos insumos. Agora é momento de retomar os cuidados com doenças crônicas, atualizar exames preventivos e iniciar tratamentos precocemente.

Na saúde suplementar, meu grande palpite é que o ano será de redesenho do sistema e o mercado deve presenciar cada vez mais, a concentração das operadoras e prestadores de serviços de saúde em grandes redes.


*Melissa Morais é diretora-técnica da Quality Global Alliance.

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