Prejuízos em operadoras de planos de saúde impactam empresas

Por André Machado Júnior

O início de 2023 foi marcado por anúncios de prejuízos milionários nos resultados financeiros de operadoras de saúde no último trimestre de 2022. Em uma das empresas do segmento, que responde por 30% dos 50 milhões de pessoas que possuem plano no País, o prejuízo ultrapassou a casa dos R$ 300 milhões e causou uma desvalorização de R$ 11 bilhões na Bolsa.

O impacto desses prejuízos deve ser sentido pelas empresas que são responsáveis por mais de 70% dos 50 milhões de brasileiros que têm plano de saúde, já que os reajustes nos planos empresariais são de livre negociação. Com base nesse cenário, é esperado que as discussões para reajustes superem os 25%. Este é um dos alertas que o setor de saúde suplementar vem emitindo sobre o seu desequilíbrio.

Desde 2007, 480 operadoras fecharam as portas no Brasil, como resultado de um custo que cresce de forma desordenada, muitas vezes sem uma contrapartida na melhora da entrega de valor em saúde para as pessoas.

De acordo com a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), o custo dos planos de saúde aumentou em R$ 8 bilhões em 2022, em comparação ao mesmo período de 2021, enquanto as receitas se mantiveram no mesmo patamar do ano anterior. Isso resultou em um aumento da taxa de sinistralidade – relação entre custo e receita – das operadoras de planos de saúde de 85,8% para 89,3%, um número que se torna cada vez mais preocupante, considerando que o índice ideal seria abaixo de 75%.

Além disso, o desperdício financeiro em saúde continua a crescer, seja pelo não aproveitamento dos dados das consultas e exames de admissão e periódicos, pelo uso excessivo do sistema de saúde, pelo absenteísmo por falta de cuidado, pelos afastamentos que geram uma contribuição maior no Fator Acidentário de Prevenção (FAP) e, consequentemente, um recolhimento muito maior de impostos sobre a folha de pagamento. Estima-se que o desperdício financeiro na saúde chegue a R$ 40 bilhões por ano no Brasil.

Diante desse cenário, é urgente que as empresas se atentem para a necessidade de atuar na promoção da saúde e na redução do desperdício financeiro em saúde, evitando um colapso nos custos com a saúde em 2023. As empresas precisam adotar medidas que promovam mais saúde para as pessoas e reduzam o custo e o desperdício financeiro em saúde, sobretudo porque o número de pessoas que dependem dos planos de saúde empresariais é significativo no Brasil.


*André Machado Júnior é CEO da AsQ.

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