Unidades de saúde devem adequar a remuneração mínima da enfermagem
Após a Proposta de Emenda à Constituição do piso da enfermagem (PEC 11/22) ser publicada no Diário Oficial da União (DOU), as unidades de saúde deverão adequar o pagamento mínimo da classe. A Sociedade Brasileira de Direito Médico e Bioética (Anadem) apoia a medida, que fixa em R$ 4.750 o piso salarial de enfermeiros e reajusta a remuneração de técnicos, auxiliares e parteiras.
“Até então, não haviam salários base para esses profissionais. É um avanço necessário, dada a desigualdade salarial que hoje enfrentam e a incompatibilidade com a sua luta diária, especialmente neste período em que atuaram na linha de frente desta guerra travada contra o coronavírus, expostos à depressão, ansiedade e estresse pós-traumático. Conceder essa reparação é uma questão de justiça”, afirma o presidente da Anadem, Raul Canal.
A Anadem acompanha desde o início a tramitação da proposta que prevê o piso salarial fixo e tem feito contínua mobilização em prol de mais melhorias nas condições de trabalho dos enfermeiros: defende suporte estrutural e psicológico para a categoria, auxílio indenizatório para profissionais de saúde vítimas da Covid-19 e redução da carga horária dos enfermeiros para 30 horas.
O artigo que estabelecia reajuste de salários com base no Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) foi vetado. A PEC 11/22 surgiu para dar sustentação constitucional ao PL 2564/20, aprovado na Câmara e no Senado. O texto fixa a remuneração equivalente a 70% do piso nacional como mínimo para técnicos de enfermagem. Para auxiliares de enfermagem e parteiras, o valor será equivalente a 50%.
Novos pisos
– Enfermeiros: R$ 4.750
– Técnicos de enfermagem: R$ 3.325
– Auxiliares de enfermagem: R$ 2.375
– Parteiras: R$ 2.375