Pay per use: desmistificando novos serviços de saúde
Em um universo de 215 milhões de brasileiros, onde o Sistema Único de Saúde (SUS) atende em torno 80% dessas pessoas e, em muitas localidades, o atendimento ainda é bastante moroso, o acesso à rede privada de saúde continua sendo prioridade entre a população do país.
Em um cenário de alta de preços de insumos e serviços em todo o mundo, o mercado de assistência individual pode ser a chave para a democratização do acesso à saúde. Por um lado, há demanda crescente de brasileiros que não estão inseridos em planos corporativos ou cooperativas; por outro, companhias dedicadas enfrentam dificuldades em diversas esferas.
A boa notícia é que a cada dia surgem empresas com novos modelos de negócios para o segmento de planos individuais, como as healthtechs. Há alguns anos, as startups que traziam essas propostas ofereciam serviços com foco apenas em cuidados hospitalares, mas hoje as ofertas estão se diversificando – é o caso das ofertas de assistência saúde, que possibilitam ao contratante um acesso a um preço acessível às consultas médicas e exames laboratoriais.
Empresas que despontam no setor atualmente oferecem opções abrangentes para quem, como muitos brasileiros, é autônomo ou microempreendedor. O modelo é uma das principais maneiras de você cuidar preventivamente da saúde. E, mais do que isso, traz a segurança de poder contar com um atendimento ágil e de qualidade.
Hoje, com todas as facilidades do mundo digital, é muito mais fácil aderir a planos de desconto em saúde. Em alguns casos, você consegue fazer tudo online, trazendo muito mais praticidade para você.
O cartão de desconto pode ser comprado individualmente ou para família, como dependente. O usuário paga uma mensalidade e tem direito a consultas com preços acessíveis, sessões de telemedicina gratuita, exames com preços tabelados, entre outros benefícios.
O futuro da saúde suplementar é um tópico que intriga membros do setor, especialmente após os últimos anos atípicos de pandemia, mas existe uma saída. A chave para o crescimento está baseada na inovação. A transformação digital pode trazer projeções positivas a curto, médio e longo prazo. O fato é que, quanto mais profissionais e pacientes se abrirem às novas oportunidades e desmistificarem modelos alternativos de acesso à saúde, mais capilarização acontecerá na área.
A aplicação de tecnologia e de modelos colaborativos tendem a desafogar o SUS e democratizar o acesso à saúde privada. Em 2023, diversas startups já trabalham para consolidar esses serviços, criando soluções com custo menor de operação e que vão ao encontro das possibilidades dos cidadãos e das empresas.
*Matheus Moretti Rangel é CGO da Niky.