Projeto do PROADI-SUS contemplará quase 100 hospitais públicos
A Organização Mundial da Saúde (OMS) estima que, por ano, sejam registradas 421 milhões de internações no mundo e, aproximadamente, 42,7 milhões de eventos adversos ocorrem em pacientes durante essas internações. Nos hospitais brasileiros, acredita-se que cerca de 67% dos danos que ocorrem podem ser evitados. Neste sentido, o Hospital Moinhos de Vento realiza, desde 2016, o projeto Paciente Seguro, executado no âmbito do PROADI-SUS, o Programa de Apoio ao Desenvolvimento Institucional do Sistema Único de Saúde, em parceria com o Ministério da Saúde. Até o final de 2023, a iniciativa vai contemplar 36 hospitais do Norte, Nordeste e Centro-Oeste.
O objetivo prioritário do projeto é a melhoria da Segurança do Paciente através da implementação dos dispositivos do Programa Nacional de Segurança do Paciente. Isso envolve a consolidação dos Núcleos de Segurança do Paciente nos hospitais de forma funcional e a implantação dos protocolos básicos de Segurança do Paciente. Para isso, o projeto propõe-se a instrumentalizar equipes para realizarem ciclos de melhoria em Segurança do Paciente, apoiar na implementação dos protocolos prioritários de Segurança do Paciente, prevenção e análise de eventos adversos, através de visitas técnicas, monitoramento virtual e capacitações.
Através do Modelo de Melhoria, metodologia que consiste em ciência aplicada que enfatiza a inovação, os testes rápidos, e a difusão para gerar aprendizado sobre quais mudanças produzem melhorias em indicadores assistenciais. O projeto vem alcançando resultados satisfatórios como redução de quedas em 50%, em hospitais adultos e pediátricos. O impacto é ainda maior ao considerar que estes resultados podem acarretar redução de custos relacionados à internação e tratamento das consequências oriundas destes eventos, além de tornar estes hospitais mais seguros para profissionais, pacientes e acompanhantes.
De acordo com o projeto, “a incorporação do método utilizado poderá apoiar os hospitais a realizarem mudanças necessárias para melhoria de processos de forma geral em suas instituições, pois não se limita à área da Segurança do Paciente. Após a primeira capacitação, os hospitais já estarão aptos a iniciar pequenas ações, fornecendo agilidade e ganho real desde o início do projeto, além de atuar como polos em seus estados, compartilhando a experiência no projeto e o aprendizado obtido. São realizados testes rápidos em pequena escala antes da implementação das mudanças, o que envolve quantidade menor de recursos e constitui uma ferramenta importante no processo de aprendizagem”. Desta forma, é possível identificar problemas ou lacunas e modificar o processo para aperfeiçoá-lo antes da implementação. “Outro ponto importante do método é o envolvimento direto da equipe de profissionais que atua junto aos pacientes, pois há menor resistência à mudança quando as equipes são envolvidas desde o início, em todas as etapas dos processos que serão modificados”.
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