Análise: desigualdade racial na prevenção ao câncer de mama

O Outubro Rosa é um movimento internacional de conscientização para a detecção precoce do câncer de mama, mas uma parcela das mulheres ainda é tratada às margens dos programas de prevenção e tem muito menos acesso à saúde no Brasil. Neste sentido, o Centro de Estudos e Dados sobre Desigualdades Raciais (CEDRA) produziu uma análise exclusiva com dados disponíveis da área da Saúde por características de cor e raça que evidenciam as desigualdades de acesso a esse direito essencial garantido pela Constituição.

O levantamento da instituição, formada por pensadores das relações raciais, especialistas em ciência de dados, estatísticos, economistas e cientistas sociais, mostra que, em 2019, 36,3% das mulheres negras acima de 18 anos não haviam realizado exame clínico de mama. Para as mulheres brancas essa taxa era 21,4%. Ao se comparar estas duas taxas, constata-se que 70% mais mulheres negras que brancas nunca fizeram exame clínico de mama.

Em relação à mamografia, entre as mulheres negras que tinham de 50 a 69 anos, no mesmo período, 27,7% não fizeram o exame. Entre as mulheres brancas, 20,5%, ou seja, cerca de 35% mais mulheres negras que brancas não realizaram nenhuma mamografia ao longo da vida.

A partir de cruzamentos inéditos com bases estatísticas do DataSUS e do Ministério da Saúde, são confirmadas as desigualdades entre mulheres negras e brancas no que diz respeito aos exames preventivos para detecção do câncer de mama precocemente.

“É necessário garantir que a população negra tenha acesso aos direitos humanitários, de forma acolhedora e livre de qualquer discriminação”, reflete Helio Santos, presidente do conselho deliberativo do CEDRA.

Cruzamento de informações

Para a nova rodada de dados no campo da Saúde, o CEDRA analisou as informações coletadas na Pesquisa Nacional de Saúde (2019), na Pesquisa Nacional de Saúde Escolar (PeNSE, 2019) e no Sistema de Informações sobre Nascidos Vivos (Sinasc, 2020). “Os dados permitem uma radiografia da situação de saúde da população negra brasileira, embora haja indícios que a pandemia da covid-19 tenha agravado essa situação e acentuado as desigualdades raciais em saúde. Estes dados evidenciam que o racismo sistêmico está também na saúde, assim como nos outros campos da vida brasileira”, afirma Helio. As análises de dados de saúde contaram com o apoio da Fundação Itaú e do Instituto Carê.

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