O desafio das operadoras como cuidadoras via recurso próprio

Por Christian Campos Ferreira

Nos últimos anos, temos visto um crescente interesse por parte das operadoras de saúde em se tornarem mais do que simples fornecedoras de serviços, mas sim cuidadoras de seus beneficiários/pacientes. Para isso, muitas têm investido em recursos próprios para oferecer uma experiência mais completa de cuidado, abrangendo desde a prevenção até o tratamento de doenças. No entanto, esse movimento traz consigo uma série de desafios que precisam ser superados para que as operadoras possam cumprir sua nova missão.

Um dos principais obstáculos enfrentados pelas organizações quando assumem esse papel é o de desenvolver uma cultura de cuidado entre seus colaboradores. Isso implica em mudanças profundas na forma como ela se relacionará com os seus clientes, passando a enxergá-los como indivíduos que precisam de zelo e não apenas como usuários de serviços de saúde. Essa transformação de perspectiva requer um esforço significativo por parte da empresa em todos os níveis, desde a alta gerência até o atendimento ao cliente.

Outro importante ponto de atenção é o de implementar os recursos necessários para oferecer uma assistência mais abrangente e integrada. Isso envolve desde a implantação de tecnologias que permitam a monitoração remota de pacientes até a contratação de profissionais de saúde de diferentes áreas para atuar em equipe no cuidado do paciente. Além disso, é preciso desenvolver protocolos específicos que possam ser aplicados de forma consistente em todos os casos. Assim como acompanhar os indicadores de qualidade e produção.

Um terceiro desafio é o de encontrar um equilíbrio entre a oferta de serviços e a sustentabilidade financeira da operadora. Isso implica em investir em uma rede própria, mas sem deixar de lado a premissa de manter uma gestão financeira saudável. Por essa razão é preciso encontrar maneiras de oferecer uma assistência focada no indivíduo com qualidade, porém sem aumentar excessivamente os custos aos clientes.

Por fim, uma questão fundamental é o de ganhar a confiança dos clientes e da sociedade como um todo. As operadoras de saúde necessitam demonstrar que estão comprometidas com o cuidado de seus clientes e que têm capacidade técnica e humana para oferecê-lo com excelência. Daí a relevância de executar um plano de comunicação estratégico, assertivo e efetivo junto aos stakeholders, bem como realizar ações concretas que endossem esse compromisso.

Em suma, o desafio das operadoras de saúde quando se tornam cuidadoras através do recurso próprio é enorme. Para superá-lo, é preciso investir em cultura de cuidado, desenvolver recursos integrados, encontrar um equilíbrio financeiro e ganhar a confiança dos clientes e da sociedade. Somente assim será possível oferecer uma assistência à saúde focada no cuidado do paciente de maneira verdadeira, completa e de qualidade.


*Christian Campos Ferreira é Cirurgião Pediátrico e diretor Econômico-Financeiro da Unimed Nova Iguaçu.

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