Como o Open Health pode gerar economia para o setor de saúde
O setor de saúde já comprovou os benefícios da tecnologia como forma de melhorar o que já existe e de moldar negócios. E, entre as diversas iniciativas existentes para impulsionar a digitalização do segmento, o Open Health – que fornece assistência ao consumidor com foco em compartilhamento de dados em saúde – é uma opção que tem a sua implementação avaliada pelo Ministério da Saúde. A solução é beneficial para as operadoras de saúde e para a população, tendo como um dos principais pontos positivos a economia. Para explicar como a tecnologia pode ser aplicada, Roberto Boclin, arquiteto de dados e IA da Dedalus, empresa de serviços gerenciados na nuvem, detalha os pontos mais relevantes para entender esse modelo de inovação.
“Uma forma simples de se entender o conceito de Open Health é pensar no Open Finance. O PIX, por exemplo, é um produto Open Finance que uniu bancos, empresas e clientes. A ideia é trazer isso para a vertical da saúde de forma segura, que traga garantia de controle de autorização pelos pacientes e gere benefícios para todos”, explica Boclin.
Segundo o especialista, o Open Health se aplica com dados de hospitais e clínicas médicas. “Por meio do compartilhamento de dados, autorizado pelo paciente, a solução permite entender a jornada completa de saúde, evitando falhas de julgamento na adoção de tratamentos e possibilitando a criação de um roteiro de melhores práticas de vida com dados de diversas etapas e focos. Com isso, é possível reduzir erros de prognóstico e solicitações de exames dispensáveis.”
Dessa forma, o custo do paciente internado, tratado e orientado, será menor e mais inteligentemente aplicado.
Benefícios para o setor
Além da redução de custos com o investimento, nas empresas menores também será possível ter uma solução mais viável em termos de valor e sustentação. Por exemplo, no controle de glosas, quando as operadoras de planos de saúde não realizam o pagamento dos custos referentes ao atendimento dos pacientes. Com o conhecimento e compartilhamento de dados, é possível ajudar a todos que participam desse fluxo de dados a melhorar o entendimento, monitoramento e a qualidade das informações.
“Para as empresas que desejam iniciar uma estrutura de Open Health, devem implementar uma arquitetura de dados baseada em domínios de conhecimento, descentralizando a análise e visualização, mas centralizando a governança e a plataforma de dados”, afirma o especialista.
As companhias que desejam aplicar essa tendência precisam ter no radar que os sistemas com dados sobre a saúde de pacientes seguem regras de conformidade muito acima das aplicadas à LGPD (Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais) ou mesmo ao sistema financeiro. Sendo assim, de acordo com Boclin, para que as empresas compartilhem dados com outras organizações será necessário ter os seguintes requisitos: uma plataforma de dados que seja escalar, performática, segura e de baixo custo.
“As plataformas de dados das instituições de saúde não estão totalmente preparadas para este novo desafio. Para se ajustarem à nova realidade, serão necessários investimentos em estruturas mais modernas que consigam garantir as premissas já mencionadas. É diante desse contexto que um time de especialistas parceiro faz toda a diferença com soluções de dados capazes de oferecer serviços de implantação, sustentação e observabilidade em toda a jornada de armazenamento e transferência de dados para qualquer cenário do Open Health”, conclui.