Oncoclínicas registra lucro líquido de R$ 178,9 milhões em 2021
O Grupo Oncoclínicas registrou lucro líquido ajustado no quarto trimestre de 2021 (4T21) de R$ 62,7 milhões – o segundo trimestre seguido de lucro obtido pela companhia. Quando a radiografia considera os números de 2021, o desempenho da empresa foi ainda mais relevante: o lucro líquido ajustado, que desconsidera itens extraordinários e de efeito não caixa, foi o maior da história da empresa, contabilizando R$ 178,9 milhões, uma alta de 100,4% ante o ano anterior (R$ 89,3 milhões). No tocante à receita líquida no 4T21, a Oncoclínicas atingiu a marca de R$ 767,9 milhões, frente a R$ 574,3 milhões no mesmo período do ano anterior, um aumento de 33,7% (R$ 193,6 milhões). A soma total do ano representou o montante de R$ 2,7 bilhões, um patamar recorde e 32,8% maior que os R$ 2 bilhões registrados no ano anterior.
O EBITDA ajustado do último trimestre de 2021 atingiu R$ 140 milhões, ganho de 18,1% comparado ao mesmo período em 2020. No acumulado do ano de 2021, o crescimento do EBITDA ajustado foi de 50%, atingindo R$ 481,1 milhões. Também na comparação anual, a margem saltou 2,0 pontos percentuais, de 15,8% no ano anterior para 17,8% em 2021.
Segundo Bruno Ferrari, fundador e CEO do Grupo Oncoclínicas, os resultados recordes refletem tanto a expansão da margem bruta como os ganhos de eficiência operacional vindos da diluição da base de despesas, na medida em que a Companhia continua crescendo num ritmo bastante acelerado.
“O ano de 2021 foi bastante positivo para a Oncoclínicas, demonstrando mais uma vez a resiliência da oncologia. Seguimos num ritmo muito forte de crescimento, destacando que cerca e 60% do nosso crescimento veio de forma orgânica. Foram aproximadamente 383 mil procedimentos realizados em 2021 e mais de 1,4 milhão de consultas a pacientes em nossas unidades”, explica.
O IPO (abertura de capital, na sigla em inglês) da Oncoclínicas, que ocorreu em agosto de 2021 e levantou R$ 1,7 bilhão em recursos para o caixa da Companhia, possibilitou acelerar uma série de M&As (fusões e aquisições, na sigla em inglês) e projetos de expansão. A Companhia já conta com 7 cancer centers, unidades hospitalares de alta complexidade, em 4 cidades diferentes, que se somam a cerca de uma centena de clínicas ambulatoriais espalhadas pelo país.
O ticket médio dos procedimentos também subiu cerca de 8%, de R$ 7.079 para R$ 7.644 o que, de acordo com o CEO da Oncoclínicas, reflete o aumento da complexidade dos tratamentos, na medida em que a oncologia concentra grande parte da inovação em tratamentos mundialmente.
Novas unidades
A Oncoclínicas deu a largada a um processo ainda mais acelerado de crescimento em 2021, reforçado a partir de sua abertura de capital. No ano de 2021 e até o momento, somando também os movimentos realizados neste início de 2022, o grupo realizou 11 negócios. O mais recente anúncio foi a compra de 49% do capital da companhia espanhola MEDSIR, focada no desenvolvimento e gestão de ensaios clínicos oncológicos.
“Considerando os sete meses que sucederam a abertura de capital, anunciamos oito operações estratégicas – três delas durante o último trimestre do ano -, entre aquisições de clínicas em novas cidades, novos cancer centers e a expansão de nossa presença na jornada de cuidado com novas operações de day clinic e clínicas de especialidade com ênfase na oncologia. Mais recentemente, anunciamos um investimento estratégico na MEDSIR, uma empresa líder em planejamento e gestão de estudos clínicos com atuação internacional, que se soma ao conjunto de competências da Oncoclínicas Precision Medicine (OCPM), nosso braço de medicina de precisão, dados e genômica”, explica o CEO.
Desde a IPO, além da MEDSIR, passaram a fazer parte da Oncoclínicas as empresas Cebrom, Hospital UMC, Cam/Clion, Unity, Itaigara Memorial, Microimagem e Cemise. A Companhia adquiriu ainda a participação que ainda não detinha no Oncobio, um de seus cancer centers em Belo Horizonte, e anunciou investimentos para a construção de dois outros cancer centers, no Rio de Janeiro (em parceria com a Unimed Rio de Janeiro) e Salvador (em conjunto com o Hospital Santa Izabel). Dentro dessa estratégia, a Oncoclínicas pretende somar 15 cancer centers em diferentes estados do Brasil nos próximos anos.
“Com a abertura de capital, alcançamos outro patamar para investir em negócios que são estratégicos e complementares para nós. Além disso, nas frentes assistencial e de governança, concluímos o ano com NPS de 96, recebemos o Prêmio de Excelência da Unimed BH e fomos certificados mais uma vez como uma das empresas Pro-Ética, selo concedido pela Controladoria Geral da União (CGU)”, finaliza Bruno Ferrari.