Observabilidade: uma forte aliada à segurança da nuvem hospitalar
Por Saulo Lima
A tecnologia está cada vez mais presente em instituições de saúde. Felizmente, isso já é uma realidade. E, garantir a segurança dos dados armazenados em sua maioria na nuvem (devido ao seu custo mais baixo em comparação à estrutura on-premise), é um dos principais desafios dos profissionais de TI que atuam nesses ambientes.
Muito se fala sobre a criação de barreiras contra cibercriminosos através de investimento em segurança, treinamento de colaboradores, entre outros.
É diante de um cenário cada vez mais orientado por sistemas distribuídos e aplicações em nuvem, que a observabilidade se tornou um pilar essencial no monitoramento moderno de software.
Afinal, mais do que simplesmente coletar métricas ou logs, a observabilidade envolve a capacidade de entender o estado interno de um sistema de gestão em saúde a partir de suas saídas externas. Isso permite que as equipes de TI identifiquem, analisem e resolvam problemas de forma proativa e eficiente (sem que o usuário final perceba) – o que contribui diretamente tanto para a proteção dos dados do paciente como para a continuidade de negócios.
Utilizar-se da observabilidade no setor de TI hospitalar apoia, também, no fornecimento de uma visão mais clara e contínua – o que possibilita a detecção de anomalias, gargalos de performance e falhas antes que o usuário final seja impactado. Esse conhecimento em tempo real torna as decisões técnicas mais precisas e rápidas, reduzindo o tempo de resposta e de recuperação em incidentes.
Além disso, por ajudar a identificar falhas e possíveis invasões com antecedência, a observabilidade é uma grande aliada no combate ao ransomware — um tipo de programa malicioso que bloqueia o acesso a dados importantes e exige pagamento para liberá-los. Esse tipo de ameaça é um dos mais usados para roubar informações na área da saúde. Segundo uma pesquisa da Kaspersky, os ataques desse tipo cresceram 146% em 2024, só no setor de saúde.
Os resultados dessas invasões podem causar danos irreversíveis. Entre eles, destaca-se o risco à vida do paciente, já que a indisponibilidade de sistemas e a interrupção na troca de informações podem impedir atendimentos essenciais. Além disso, o vazamento de dados sensíveis compromete a privacidade do paciente e expõe a instituição de saúde a sérios prejuízos financeiros e reputacionais.
Assim, é possível concluir que, através da implantação eficaz da observabilidade nos cuidados com a nuvem, as instituições de saúde serão contempladas com sistemas mais robustos. Além disso, haverá uma maior entrega de valor e, por fim, mais agilidade diante das mudanças de mercado.
*Saulo Lima é Diretor da Flowti.