Sua clínica sofre com no-show? Entenda como evitar
Por Pedro Filizzola
As clínicas de saúde desempenham um papel fundamental no cuidado e tratamento de pacientes, mas uma questão recorrente que enfrentam é a ocorrência de no-shows – pacientes que marcam consultas, mas não comparecem. Se uma clínica tem 20% de não comparecimento das suas consultas é como se ela ficasse um dia útil da semana totalmente fechada. Essa ausência pode ter sérias consequências para a clínica, para os profissionais de saúde e, claro, para os próprios pacientes.
Nesse cenário, existem diversas razões pelas quais os pacientes podem não comparecer às consultas agendadas, incluindo falta de lembretes, conflitos de agenda, esquecimento, problemas com transporte, medo e até mesmo ansiedade. Por isso, compreender os motivos por trás do no-show é essencial para implementar soluções eficazes.
Abaixo uma lista com algumas das consequências para gestores que não olham com carinho para o no-show, sendo:
Perda financeira: Quando um paciente não comparece a uma consulta, a clínica perde a oportunidade de oferecer seu serviço – que seria cobrado, e gera custos operacionais não recuperados.
Desorganização da agenda: A ausência do paciente pode levar a lacunas na agenda, ocasionando tempo ocioso para médicos e profissionais de saúde, além de dificuldades na administração do fluxo de novos atendimentos.
Prejuízo para outros pacientes: Os no-shows afetam negativamente os pacientes que precisam de atendimento imediato, aumentando o tempo de espera e sobrecarregando os profissionais de saúde.
Ainda sob o aspecto de não comparecimento, está a questão de como são realizadas as confirmações de presença. Segundo a 3ª edição do Panorama das Clínicas e Hospitais, realizada pela Doctoralia, maior plataforma de saúde do mundo, quase 70% das instituições usam o telefone para a confirmação de consultas. Isso significa que o processo ainda é manual, demandando tempo e ficando sujeito ao esquecimento, já que a rotina na recepção é repleta de atividades.
Aqui, novamente, algumas ações que podem ser tomadas para auxiliar tanto no processo de agendar e confirmar presença, como evitar ausências, por exemplo::
Lembretes e confirmações: O uso de lembretes automatizados, por meio de um sistema que envia automaticamente mensagens ou e-mails pode ajudar a reduzir os no-shows. Os pacientes podem receber notificações sobre suas consultas com antecedência e ainda confirmar ou não a presença, o que aumenta a probabilidade de comparecimento.
Políticas de cancelamento e reagendamento: Implementar políticas claras de cancelamento e reagendamento, com prazos adequados, pode ajudar a minimizar os no-shows. Além disso, oferecer opções flexíveis de remarcação também ajuda a melhorar a adesão dos pacientes.
Lista de espera: Manter uma lista de espera para preencher os horários vagos é uma estratégia eficaz para otimizar a agenda e evitar lacunas.
Comunicação e envolvimento com os pacientes: Estabelecer um relacionamento próximo com os pacientes, com uma comunicação clara e empática, é essencial para auxiliar na efetividade das consultas. Entender as necessidades e preocupações dos pacientes permite que a clínica se adapte e ofereça um atendimento mais personalizado.
Monitoramento e análise: Acompanhar e analisar os dados ao longo do tempo pode fornecer insights valiosos para identificar padrões e implementar medidas preventivas.
Por fim, é preciso que gestores, profissionais de saúde e, claro, pacientes façam o melhor uso possível de plataformas, recursos tecnológicos e aplicativos, sempre com a premissa de facilitar a rotina de todos os envolvidos. Automação de processos, mitigando erros e proporcionando aumento de receitas para as clínicas e bem-estar aos pacientes, é palavra de ordem para a saúde 5.0. Pense nisso!
*Pedro Filizzola é Head de Marketing da Doctoralia.
