Pesquisa inédita busca reduzir mortalidade infantil em Guarujá

Guarujá vem enfrentando uma situação alarmante na saúde pública: a mortalidade infantil. Com uma taxa de 17,2 óbitos por 1.000 nascidos vivos em 2022, o município registrou a segunda maior taxa do país, de acordo com o IBGE. Esse índice preocupante reflete não apenas as condições socioeconômicas da região, mas também os riscos ambientais relacionados à intensa atividade industrial portuária local.

Em resposta a esses desafios, um estudo da Unoeste em Guarujá, liderado pela docente Maíra Malta, busca identificar os determinantes precoces que impactam na mortalidade, déficit de crescimento e atraso no desenvolvimento infantil no primeiro ano de vida no município. “Nossa pesquisa visa investigar como fatores ambientais, socioeconômicos, nutricionais e de saúde materno-infantil contribuem para esse cenário preocupante”, explica a professora.

Iniciado em abril de 2024, o estudo intitulado “Coorte de Nascimentos Guaru-yá” já conta com a presença de 950 mães e bebês e está sendo realizado em parceria com o Hospital Santo Amaro onde cerca de 90% dos bebês da rede pública de saúde da cidade nascem, e na Casa de Saúde, um hospital particular.

Ipsos
Estudo monitora mães e bebês ao longo do primeiro ano de vida

Até o momento, 530 bebês foram avaliados com um mês de idade e outros 200 aos 3 meses. No início de novembro, o estudo começará as avaliações dos 6 meses, e para agradecer a participação das mães, serão entregues pacotes de fraldas a cada uma. Para apoiar essa iniciativa, foi lançada uma campanha de arrecadação de fraldas em parceria com a Liga de Pediatria da UNOESTE.

Além disso, a pesquisa já garantiu bolsas de Iniciação Científica (IC) para três alunos e enviou seis resumos com resultados parciais para serem apresentados no Congresso Brasileiro de Pediatria, Congresso Brasileiro de Saúde Coletiva e o Congresso Europeu de Nutrição Materno Infantil. Esses eventos permitirão a disseminação dos primeiros achados e a colaboração com especialistas na área.

Bebês serão acompanhados durante um ano

Durante o acompanhamento de um ano, mães e bebês serão submetidos a uma série de avaliações detalhadas. No parto, serão registradas informações sociodemográficas, de saúde, estilo de vida e história obstétrica, além da coleta de sangue do cordão umbilical para análises de metais, chumbo e mercúrio.

Aos 30 e 90 dias após o parto, será realizada via entrevistas telefônicas, uma averiguação das condições de saúde e alimentação da criança, acompanhadas de uma apuração da saúde mental materna. “Aos seis meses e um ano de idade, serão feitas avaliações, incluindo medidas antropométricas, práticas alimentares infantis e avaliação do desenvolvimento neuropsicomotor dos bebês”, reforça Dra. Maíra.

Para a coleta de dados, a Universidade solicitou a utilização dos espaços dos Centros de Referência de Assistência Social (CRAS) localizados nos bairros de Morrinhos, Santa Rosa, Vicente de Carvalho e Enseada. Além disso, o projeto contará com avaliações na ASSIPAVIC e no Espaço Saúde Humanitária.

Unoeste reforça compromisso

A pesquisa conta com as participações de 41 alunos do curso de Medicina da Unoeste, docentes, além de discentes da Residência Médica em Ginecologia e Obstetrícia do Hospital Santo Amaro.

“A universidade colabora fornecendo equipamentos para avaliação antropométrica, espaços físicos para as ligações telefônicas e materiais hospitalares, demonstrando seu compromisso com a pesquisa científica e a melhoria da saúde materno-infantil na região. Montamos um Grupo de Pesquisa do CNPQ para discutir temas como a logística de campo e temas da saúde materno infantil”.

Resultados colaborarão com o poder público

Os resultados deste estudo serão fundamentais para colaborar com o poder público no planejamento de ações de intervenção visando à redução do risco associado à mortalidade e distúrbios nutricionais e suas consequências na saúde materno-infantil. “Nosso objetivo é, ao longo dos trabalhos, propor ações para auxiliar na elaboração de políticas públicas para mitigar este, que é um grande problema de saúde pública em Guarujá”, conclui a docente.

Damos valor à sua privacidade

Nós e os nossos parceiros armazenamos ou acedemos a informações dos dispositivos, tais como cookies, e processamos dados pessoais, tais como identificadores exclusivos e informações padrão enviadas pelos dispositivos, para as finalidades descritas abaixo. Poderá clicar para consentir o processamento por nossa parte e pela parte dos nossos parceiros para tais finalidades. Em alternativa, poderá clicar para recusar o consentimento, ou aceder a informações mais pormenorizadas e alterar as suas preferências antes de dar consentimento. As suas preferências serão aplicadas apenas a este website.

Cookies estritamente necessários

Estes cookies são necessários para que o website funcione e não podem ser desligados nos nossos sistemas. Normalmente, eles só são configurados em resposta a ações levadas a cabo por si e que correspondem a uma solicitação de serviços, tais como definir as suas preferências de privacidade, iniciar sessão ou preencher formulários. Pode configurar o seu navegador para bloquear ou alertá-lo(a) sobre esses cookies, mas algumas partes do website não funcionarão. Estes cookies não armazenam qualquer informação pessoal identificável.

Cookies de desempenho

Estes cookies permitem-nos contar visitas e fontes de tráfego, para que possamos medir e melhorar o desempenho do nosso website. Eles ajudam-nos a saber quais são as páginas mais e menos populares e a ver como os visitantes se movimentam pelo website. Todas as informações recolhidas por estes cookies são agregadas e, por conseguinte, anónimas. Se não permitir estes cookies, não saberemos quando visitou o nosso site.

Cookies de funcionalidade

Estes cookies permitem que o site forneça uma funcionalidade e personalização melhoradas. Podem ser estabelecidos por nós ou por fornecedores externos cujos serviços adicionámos às nossas páginas. Se não permitir estes cookies algumas destas funcionalidades, ou mesmo todas, podem não atuar corretamente.

Cookies de publicidade

Estes cookies podem ser estabelecidos através do nosso site pelos nossos parceiros de publicidade. Podem ser usados por essas empresas para construir um perfil sobre os seus interesses e mostrar-lhe anúncios relevantes em outros websites. Eles não armazenam diretamente informações pessoais, mas são baseados na identificação exclusiva do seu navegador e dispositivo de internet. Se não permitir estes cookies, terá menos publicidade direcionada.

Visite as nossas páginas de Políticas de privacidade e Termos e condições.

Importante: A Medicina S/A usa cookies para personalizar conteúdo e anúncios, para melhorar sua experiência em nosso site. Ao continuar, você aceitará o uso. Veja nossa Política de Privacidade.