Brasil tem apenas um ano para cumprir meta de Hanseníase
O Brasil ainda ocupa o segundo lugar em todo mundo em número de casos de Hanseníase. Os estados que apresentam os maiores índices de novos casos da doença são Mato Grosso, Maranhão Pará, Pernambuco, Piauí e Tocantins, e o que é pior, muitos em menores de 15 anos. Um índice nada bom para o Brasil já que no ano que vem termina o programa Estratégia Global para a Hanseníase 2016-2020, lançado pela Organização Mundial de Saúde, que tem como principal meta reduzir a zero o número de criança com grau 2 de incapacidade provocado pela Hanseníase. Em 2017 foram notificados 54 casos no Brasil e em 2018 o número está em torno de 50, ainda em revisão e que deve ser divulgado oficialmente em setembro pelo Ministério da Saúde.
No período de 2008 a 2016, foram notificados 301.322 casos de hanseníase em todo o país, dos quais 21.666 (7,2%) eram menores de 15 anos de idade. Nesse mesmo período, a taxa geral de detecção anual de casos novos foi reduzida em 43,0%, passando de 21,5 para 12,3/100 mil hab.; e, na faixa etária de menores de 15 anos, a redução foi de 50,7%, de 2,1 para 1,1/100 mil hab.
A hanseníase é uma doença infecciosa, crônica, causada por uma bactéria – Micobacterium leprae – que afeta a pele e os nervos periféricos, em especial os da face, mãos e pés. A doença acomete pessoas nas mais diversas idades, incluindo crianças, independentemente de gênero. A progressão da doença é lenta, e seu período de incubação é prolongado e pode durar anos. A hanseníase tem cura e se tratada precocemente e de forma adequada, pode evitar as incapacidades e as sequelas.
Congresso
Buscando fortalecer a ciência brasileira, além de favorecer a descoberta de soluções sustentáveis para as doenças tropicais, será realizado o MEDTROP-PARASITO 2019, uma realização simultânea do 55º Congresso da Sociedade Brasileira de Medicina Tropical, do XXVI Congresso Brasileiro de Parasitologia, da 34a Reunião de Pesquisa Aplicada em Doença de Chagas e da 22ª Reunião de Pesquisa Aplicada em Leishmanioses e do CHAGASLEISH 2019.
O tema do congresso “Convergência e inclusão: em busca de soluções sustentáveis para o diagnóstico, tratamento e controle das doenças tropicais” abre perspectivas para a integração da ciência, educação e tecnologia buscando, na interdisciplinaridade, benefícios para a saúde, para o desenvolvimento do indivíduo e da sociedade. De 27 a 31 de julho, na UFMG, em Belo Horizonte, Minas Gerais.