Segundo o neurologista Henrique Ballalai Ferraz, professor adjunto livre-docente do Departamento de Neurologia e Neurocirurgia da Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP) e consultor da Câmara Técnica de Neurologia e Neurocirurgia do CREMESP, a partir do quinto ano de tratamento, quase metade dos indivíduos com Parkinson terá flutuação motora relacionada ao medicamento. Mesmo com o ajuste da dosagem, os sintomas, às vezes, continuam interferindo na vida do paciente. O efeito benéfico dos fármacos, por sua vez, fica cada vez mais curto – chegando a apenas 2 ou 3 horas depois de cada dose ingerida.
Entre tantos resultados clínicos positivos, a terapia DBS mostrou uma redução estatisticamente significativa de 61%, nas complicações relacionadas ao uso de medicamentos, incluindo discinesias e flutuações motoras, em comparação a um aumento de 13% em pacientes que receberam melhor terapia medicamentosa (BMT) isoladamente. Também ocorreram melhorias significativas de 53% nas habilidades motoras dos pacientes versus melhora de 4% nos pacientes que receberam somente a Terapia BMT, conforme medido na escala UPDRSIII.
Estudos clínicos ainda apontaram melhoria de 26% na qualidade de vida, relacionada à DP, versus 1% de piora nos pacientes que receberam a BMT isoladamente (medida pelo questionário da Doença de Parkinson, índice PDQ-39) 1,2
Outro benefício importante foi mais de 30% de aprimoramento nas atividades diárias dos pacientes em comparação com um declínio de 12% nos indivíduos que receberam BMT isoladamente, conforme medido pela escala UPDRS III 1,2.