O papel da medicina diagnóstica no envelhecimento da população
Por César Penteado
O perfil demográfico do Brasil está em mudança e o país caminha para um envelhecimento da população extremamente acelerado, ainda mais quando comparamos com a evolução de outros países, que aconteceram de maneira mais lenta. Segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a população brasileira com 65 anos ou mais atingiu 10,9% no ano passado, um crescimento de 42,29% em comparação com o ano de 2010.
O IBGE prevê que em 2050, para cada 100 crianças de 0 a 14 anos existirão 172,7 idosos. Esses dados mudam toda a estrutura e o planejamento do setor da saúde, desde os hospitais até os planos de saúde e o desafio é como lidar diariamente com os pacientes e os processos necessários para apoiar este novo perfil populacional. Ainda em 2050, o Brasil atingirá a expectativa de vida de 81,29 anos, próximo à idade média atual da Islândia, Japão e China.
Com a mudança da estrutura etária, é necessário prestar mais atenção em doenças crônicas como diabetes, especialmente o tipo 2, mais comum entre os idosos, e também com as doenças cardiovasculares, hipertensão arterial, entre outras. Além disso, é importante observar também os sintomas de ansiedade e depressão, comum nos idosos pelo desaceleramento da rotina, solidão, abandono da família, entre outros fatores.
Este cenário reflete diretamente na medicina diagnóstica com seu papel essencial de medicina preventiva. Monitorar a saúde dos idosos com o objetivo de impedir e acompanhar a evolução de doenças cumprirá um papel essencial na qualidade de vida deste grupo, monitorando a saúde e prevenindo doenças.
Para fazer isso é necessário conscientizar a população para manter os exames em dia. E laboratórios que disponibilizam os serviços de coleta de análises clínicas, imunização e exames cardiológicos no conforto da sua casa, podem fazer a diferença na vida de idosos com dificuldade de locomoção.
*César Penteado é Diretor Médico do CURA grupo.