Será que a Inteligência Artificial irá dominar a medicina diagnóstica?

Por Álvaro Pinto

A Inteligência Artificial (IA) é uma grande aliada em todas as áreas da saúde e, essa evolução também se tornou uma ferramenta recorrente na medicina diagnóstica. Com esse tipo de tecnologia, é possível obter maior velocidade na análise de exames de imagem, precisão nos laudos realizados por médicos radiologistas e otimização de processos, beneficiando assim profissionais de saúde e pacientes.

Recentemente, pudemos acompanhar a divulgação de um projeto de pesquisadores do MIT (Instituto de Tecnologia de Massachusetts), em parceria com o Massachusetts General Hospital, sobre IA, que tem a capacidade de prever o câncer de mama cinco anos antes da doença se manifestar. Os pesquisadores testaram a tecnologia com dados de 2009 a 2012 provenientes de 90 mil mamografias de mais de 6 mil pacientes. Neste caso, a Inteligência Artificial conseguiu detectar padrões na imagem precocemente.

De acordo com o Instituto Nacional de Câncer (Inca), 705 mil casos de câncer de mama são esperados a cada ano até 2025. Imagine o que significa esse avanço no rastreamento dessa neoplasia, a segunda mais comum entre as brasileiras? Ainda mais sabendo que o diagnóstico precoce da maioria dos cânceres interfere nos resultados do tratamento? Talvez esse avanço faça com que um dia, na hora de agendar um exame de imagem, o paciente questione se ele inclui IA ou não, e isso será um diferencial na escolha por determinado serviço de medicina diagnóstica.

Esta é apenas uma das tantas transformações geradas pela tecnologia. Inclusive, o Ministério da Saúde rendeu-se ao potencial da IA e estuda implementá-la para melhorar o Sistema Único de Saúde (SUS). Notícia positiva que significa o interesse pela incorporação da tecnologia na rede pública, ampliando assim seus benefícios para o maior número de pacientes.

Como no Brasil lidamos com uma alta demanda de laudos, se chegar o dia da Inteligência Artificial ser usada na pré-triagem de avaliação, os radiologistas ganhariam um reforço nessa análise e teriam mais tempo para se debruçarem em casos mais complexos. Um “double check” (dupla checagem) que faria a diferença.

Posso afirmar com segurança que tecnologia é e será uma ferramenta de apoio para nós, médicos radiologistas, e não deverá substituir a mão de obra humana, como muitos apontam. Encaro o recurso como um potente facilitador que contribui na otimização de processos, além de qualidade e precisão de laudos, beneficiando diferentes profissionais da saúde, mas principalmente quem mais importa: o paciente.

É provável, conforme pesquisas, que a IA substitua a força de trabalho humana em determinados postos, principalmente aqueles com potencial de automatização, algo que ocorre na história desde a Revolução Industrial. Por outro lado, a tecnologia também vem gerando novas oportunidades profissionais. O desafio agora é regularizar o uso da inteligência artificial para garantir transparência e ética no seu emprego no dia a dia.


*Álvaro Pinto é médico radiologista e coordenador médico de Telerradiologia na One Laudos.

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