O cenário da medicina diagnóstica em 2024. O que podemos esperar?
Por César Penteado
2023 foi um ano de consolidação de muitas tendências para o universo da saúde. Temas que uma vez consideramos parte de um futuro próximo se tornaram mais presentes no nosso cotidiano, nos lembrando a importância de não apenas olharmos para frente, mas também para o agora.
Presenciamos o crescimento da Inteligência Artificial na prática e mais próximo das nossas equipes, entendemos as mudanças do perfil demográfico da população brasileira e como nos planejar para atender este público. Acompanhamos também, os desafios dos planos de saúde com seus reajustes, tivemos novas vacinas – desde o combate da dengue até do vírus sincicial respiratório (VSR), um dos principais causadores de bronquiolite. Algumas leis foram aprovadas e, por exemplo, agora as mulheres possuem o direito de terem um acompanhante durante exames e procedimentos médicos, além de diversos novos avanços na medicina.
Mas, e 2024? Será tão movimentado assim? Para responder esta pergunta é necessário olhar para o cenário da medicina diagnóstica. A área, que sempre possuiu um papel essencial para toda a saúde, está sendo cada vez mais reconhecida pelo seu poder na prevenção de doenças e como protagonista para uma vida mais duradoura e saudável.
Para entendermos os próximos passos da medicina diagnóstica, precisamos, em primeiro lugar, olhar para o que está acontecendo ao redor do mundo. O Ministério da Saúde prevê o ressurgimento da dengue tipo 3 no Brasil e, com ela, a possibilidade de uma nova epidemia. o calendário vacinal precisará ser reestruturado e as campanhas para que ele seja cumprido, serão mais importantes do que nunca.
Já a Saúde Corporativa voltou a ser pauta quente e, desta vez, para além da saúde mental. Mais empresas estão buscando inovações e maneiras de cuidarem dos seus colaboradores. A pesquisa Benchmark: Saúde Corporativa no Brasil 2023 desenvolvida pela Lockton Brasil mostrou que empresas com maturidade na gestão de saúde corporativa conseguem lidar melhor com os crescentes custos da área, alcançando até mesmo reduções.
Podemos esperar novas movimentações para estes temas e também mais tecnologia para o setor, como a Bioinformática, ou seja, o tratamento específico para cada pessoa com base em informações genéticas, começa a ganhar força.
Podemos afirmar que 2024 é o momento de caminharmos para um universo da saúde mais personalizado e interconectado.
*César Penteado é Diretor Médico do CURA grupo.