Preço dos medicamentos recua 2,05% em agosto

Os preços dos medicamentos vendidos aos hospitais no Brasil registraram queda de -2,05% em agosto deste ano, de acordo com o Índice de Preços de Medicamentos para Hospitais (IPM-H), indicador desenvolvido pela Fipe em parceria com a Bionexo — healthtech em soluções digitais para gestão em saúde. A variação mensal do índice foi inferior aos resultados mensais do IPCA/IBGE (-0,36%) e do IGP-M/FGV (-0,70%). Já a taxa média de câmbio apresentou recuo mais expressivo que o do índice de preço dos medicamentos para hospitais (-4,19%).

“A queda recente dos preços de medicamentos, refletida no IPM-H, encontra paralelo com o comportamento dos principais índices de preço, como IPCA e IGP-M, que têm registrado desaceleração e/ou deflação nos preços da economia brasileira. Essa dinâmica pode ser explicada, ao menos em parte, pela redução dos preços dos combustíveis, que impactam os custos logísticos desses produtos em todas as etapas da cadeia de valor, desde os insumos até a distribuição para os consumidores finais”, analisa Bruno Oliva, economista da Fipe.

Em agosto, apenas dois grupos terapêuticos que compõem o cálculo mensal do IPM-H registraram elevação nos preços dos medicamentos: preparados hormonais (+0,75%) e sangue e órgãos hematopoiéticos (+0,29%). Entre os demais grupos, as variações nos grupos podem ser ordenadas da maior à menor queda da seguinte maneira: aparelho respiratório (-10,71%); aparelho digestivo e metabolismo (-9,61%); aparelho geniturinário (-5,93%); imunoterápicos, vacinas e antialérgicos (-3,86%); sistema nervoso (-2,53%); anti-infecciosos gerais para uso sistêmico (-2,49%); sistema musculoesquelético (-2,45%); agentes antineoplásicos (-0,28%); órgãos sensitivos (-0,17%); e aparelho cardiovascular (-0,06%).

No acumulado de 2022, considerando os resultados até agosto, o IPM-H apresenta uma alta de 3,28%, resultado inferior à inflação ao consumidor acumulada pelo IPCA/IBGE (+4,39%), bem como ao comportamento dos preços medido pelo IGP-M/FGV (+7,63%).

Os resultados recentes do índice respaldam o padrão sazonal observado na série histórica do IPM-H, caracterizado por resultados positivos no primeiro semestre (graças, em boa medida, à ocorrência dos reajustes anuais da CMED); seguida por acomodação e recuo nos preços dos medicamentos, principalmente no início do segundo semestre. Em termos ilustrativos, a queda registrada em agosto de 2022 (-2,05%) representou um comportamento intermediário em relação aos registros mensais dos dois anos anteriores: -1,82%, em agosto de 2020; e -2,29%, em agosto de 2021. Em perspectiva, o comportamento do índice continua sendo influenciado, por um lado, pelo recuo nos preços nos grupos: aparelho digestivo e metabolismo; e anti-infecciosos gerais para uso sistêmico; e, por outro, pela acomodação recente em grupos cujos preços se valorizaram em 2022, como nos casos dos aparelhos respiratório e geniturinário.

Comportamento anual do IPM-H

Diversamente, adotando-se para análise uma janela temporal de 12 meses, os resultados apurados revelam uma ligeira queda de -0,46% no IPM-H, divergindo do comportamento dos demais índices de preço da economia doméstica nesse período: IPCA/IBGE (+8,73%) e IGP-M/FGV (+8,59%). Nessa janela ampliada, o resultado negativo do índice decorre das variações observadas nos seguintes grupos terapêuticos: anti-infecciosos gerais para uso sistêmico (-21,51%); aparelho digestivo e metabolismo (-21,44%); sistema musculoesquelético (-11,68%); aparelho cardiovascular (-10,51%); órgãos sensitivos (-0,07%). Em contraste, os seguintes grupos que apresentaram aumentos nos preços no período: aparelho geniturinário (+34,16%); sangue e órgãos hematopoiéticos (+26,87%); aparelho respiratório (+20,57%); preparados hormonais (+9,34%); imunoterápicos, vacinas e antialérgicos (+2,67%); sistema nervoso (+2,24%); agentes antineoplásicos (+0,92%).

O resultado corrobora a tendência prévia de acomodação dos preços de medicamentos para hospitais, em linha com a desaceleração observada em outros índices de preços da economia doméstica, como tem sido o caso do IPCA/IBGE e do IGP-M/FGV. A despeito desse arrefecimento do comportamento agregado do IPM-H, é possível destacar variações mais expressivas (tanto positivas quanto negativas) entre os diferentes grupos considerados na cesta do índice, a exemplo da valorização registrada entre medicamentos atuantes sobre o aparelho geniturinário e aparelho respiratório, de um lado; e o recuo nos preços de anti-infecciosos gerais e fármacos atuantes sobre aparelhos digestivo/metabolismo, de outro.

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