Lean Institute Brasil debate novos espaços para a gestão em saúde

O Lean Institute Brasil (LIB) acaba de lançar o livro “Manifesto do arquiteto do sistema – novos espaços para a gestão em saúde”, do médico oncologista Carlos Frederico Pinto, senior advisor do LIB. Em 124 páginas, a publicação promove uma discussão profunda, conceitual e prática sobre como um “arquiteto” – seja ele um administrador, coordenador de área ou diretor de hospital – pode otimizar as bases de um sistema de gestão para garantir melhores resultados.

Baseado no pensamento de autores renomados, especialmente o norte-americano W. E. Deming (1900-1993), o médico explica o que são sistemas, como eles podem manipular pessoas e organizações e de que maneira gestores conseguem transformar seus processos de comunicação e de construção do conhecimento para melhorar tudo isso.

Trata-se do segundo livro do autor. O primeiro, “Em busca do cuidado perfeito”, de 2014, é direcionado a transformar a gestão tradicional de organizações de saúde com base no sistema lean, modelo originário do Sistema Toyota de Produção que vem sendo adotado por hospitais e clínicas em boa parte do mundo.

Pioneiro no estudo e aplicação do sistema lean por mais de 15 anos no Instituto de Oncologia do Vale (IOV), rede de clínicas de São José dos Campos e região, o autor tornou-se referência nesse modelo no mundo.

“Em resumo, o novo livro é um manifesto sobre como a gestão tradicional impacta negativamente as organizações e a sociedade. E como mudanças de mentalidade e comportamentos podem transformar esses sistemas para reduzir complexidade, desperdício e aumentar o valor do cuidado prestado”, sintetizou o médico.

No primeiro capítulo, o oncologista discute o que são sistemas e como eles afetam pessoas e organizações. Nesse ponto, o autor faz um alerta importante: “se você não compreender o comportamento de um sistema estará sendo controlado por ele e não poderá controlá-lo”.

Nesse sentido, os capítulos dois e três promovem debates profundos sobre como as variações típicas de sistemas ruins geram erros, atrasos e ineficiências, criando ciclos viciosos e crescentes de complexidade. “Quanto mais complexo for um sistema, maior será a chance de variações, e pior será o desempenho”, afirmou o médico.

Segundo ele, reduzir a complexidade é uma das tarefas fundamentais dos administradores. “Sistemas simples são mais atraentes, geram ambientes de trabalho mais elegantes, harmoniosos e acolhedores”, resumiu.

Já o capítulo quatro é inteiramente dedicado a discussões sobre como processos de comunicação afetam os sistemas e como o formato da comunicação dentro de uma organização determina o seu funcionamento. “Uma comunicação disfuncional resulta em um sistema disfuncional. Comunicação incongruente produz variações no sistema. Isso tudo induz a um ciclo ruim e crescente de complexidade”, afirmou o oncologista.

O capítulo cinco é todo dedicado sobre como um certo domínio da teoria do conhecimento pode se tornar aliado na reconstrução de sistemas ineficientes. “Aprender e ensinar tem a ver com a maneira como interagimos como os sistemas. Para isso ocorrer de forma produtiva, precisamos ver os problemas com os próprios olhos, no mundo real, experimentando e refletindo sobre os resultados”, afirmou o médico.

Os capítulos seis e sete focam em como “o arquiteto do sistema” precisa pensar e agir para efetuar as transformações necessárias, mudando pessoas e processos. “Para compreender como um sistema opera, o arquiteto deve, primeiro, entender como ele mesmo funciona. Sem essa compreensão, o gestor se torna apenas mais uma marionete”, acredita o oncologista.

É nesses dois últimos capítulos que o leitor tem um entendimento mais preciso sobre o título do livro, “Manifesto do arquiteto do sistema”. Segundo o médico, “Manifesto” porque a ideia foi produzir uma obra curta, para gerar, de maneira rápida, um entendimento conceitual, mas também uma aplicação prática. Tanto que em todos os capítulos há indicações simples sobre como implementar o que é discutido.

Reconhecido como o médico que implementou de forma pioneira o sistema lean na rede de clínicas do IOV, Carlos Frederico Pinto também foi diretor do Hospital de Clínicas Sul, do Serviço de Oncologia do Hospital Regional do Vale do Paraíba, presidente e secretário da Sociedade Brasileira de Oncologia Clínica (SBOC).

O oncologista é membro do International Quality Steering Group e Care Deliver Committe da ASCO (American Society of Clinical Oncology), da Faculty do Institute for Healthcare Improvement e Board Member da Quality Global Alliance. Ele tem MBA pela Ohio University e é Lean Healthcare Black Belt pelo Logistics Institute Canada.


Serviço
Livro “Manifesto do arquiteto do sistema – novos espaços para a gestão em saúde”, de Carlos Frederico Pinto. Lançamento Lean Institute Brasil (LIB). 124 páginas. Ano 2024.
Disponível na versão em papel e eBook.

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