Magnamed pretende ampliar participação no mercado internacional
A Magnamed, fabricante de ventiladores pulmonares do Brasil, investirá no aumento das exportações de seus produtos em 2022 como estratégia para ampliar sua participação no mercado internacional. Essa é uma das principais metas da companhia, após ter registrado crescimento de 161% entre 2019 e 2021, em razão do aumento da demanda doméstica provocado pela pandemia. Por conta da demanda de 6.500 ventiladores para o Ministério da Saúde, em 2020, obteve um faturamento recorde de R$ 340 milhões ou 7,5 vezes a receita de 2019. Em 2021, o faturamento foi de R$ 150 milhões. O objetivo é passar a crescer 25% ao ano, visando retomar o nível de R$ 350 milhões em 2026.
Para alcançar novamente esse patamar, torna-se essencial a ampliação das exportações, dado que o mercado interno encontra-se relativamente bem suprido com o estoque de respiradores nos hospitais, e a receita em dólares potencializa os lucros. “Hoje, a participação do Brasil como um todo não chega a 1% do total comercializado mundialmente. Isso demonstra como temos um bom espaço para entrada de nossos produtos”, afirma Wataru Ueda, CEO da Magnamed.
A empresa quer chegar a 2026 com 80% do faturamento provenientes das exportações. Normalmente, cerca de 35% das vendas são realizadas no exterior e o restante dividido igualmente entre o mercado nacional público e privado. No ano de 2021 as vendas internas continuaram elevadas o que reduziu a participação das vendas internacionais para 16%. Já no ano que se inicia, o objetivo é ampliar essa fatia para 30%.
A estratégia de internacionalização da Magnamed abrange a construção de unidades de montagem e fabricação no exterior. A empresa está concluindo a instalação de uma planta nos Estados Unidos, onde pretende produzir seu produto OxyMag para atender aquele mercado. Toda a tratativa para obtenção de licenças do FDA (Food and Drugs Administration, órgão local semelhante à Anvisa) já está sendo feita.
Nesse sentido, o lançamento de novos produtos são outro plano de ação crucial da empresa para expansão em novos mercados.