Plataforma quer “hackear” o câncer infantojuvenil no Brasil

No Brasil, as chances de cura do câncer em crianças e adolescentes são de 64%, segundo dados do Instituto Nacional de Câncer, o Inca. Nos países com alto Índice de Desenvolvimento Humano (IDH), os índices de cura podem chegar a 80%. No Brasil, o câncer ainda é a primeira causa de morte por doença na faixa etária de 1 a 19 anos. Para mudar essa realidade, um dos recursos é a ampla capacitação dos profissionais da saúde e conscientização da sociedade e geral, assim como, a disseminação de conhecimentos sobre a importância do diagnóstico precoce do câncer em crianças e adolescentes. Por isso, a Leap, braço de inovação da KPMG, se uniu ao Instituto Ronald McDonald, criando uma solução tecnológica para contribuir com o diagnóstico precoce e o tratamento de qualidade do câncer infantojuvenil. O projeto recebeu o nome de Hack4 Good.

A ação tem por objetivo transformar o cenário do câncer infantojuvenil, utilizando a tecnologia para promover o conhecimento e orientar as famílias já nos primeiros estágios. Francisco Neves, superintendente do Instituto Ronald McDonald, destaca que a parceria vai contribuir com a missão da organização de aumentar as chances de cura dos pequenos pacientes oncológicos.

“O tempo entre a percepção de sinais e sintomas do câncer e a confirmação do diagnóstico são fundamentais para aumentar as chances de cura da doença. No Brasil, esse intervalo ainda é longo, o que leva muitos pacientes a chegarem ao tratamento já em fase avançada da doença, dificultando as chances de cura e os resultados positivos, além do risco de deixar muitas sequelas nos pequenos pacientes. Por isso, essa plataforma vai trazer grandes benefícios para a causa, agilizando processos e transformando o diagnóstico do câncer infantojuvenil”, destaca Francisco Neves.

Para a criação da plataforma, uma iniciativa focada em “hackear” o câncer infantojuvenil no Brasil, foram investidos 10 meses de pesquisas e trabalho para encontrar soluções para temas como falta de informação sobre a doença, disponibilização de histórico e prontuário para médicos, assim como acolhimento ao paciente e à família. Diante disso, as atividades foram desenvolvidas para dois grandes grupos: médicos e especialistas; e acompanhantes.

“Automatizamos um checklist de sintomas, criamos fóruns, treinamentos à distância, aplicativo para a família ter acesso a um prontuário digital, bem como outras ações de infraestrutura e suporte aos pais e responsáveis. Tudo isso para agilizar os atendimentos, diagnóstico e tratamento. O conceito ‘anticipate tomorrow, delivery today’, que direciona nossa firma, nunca pôde ser tão bem empregado em um projeto”, destaca o sócio de Inovação e Transformação Digital da KPMG no Brasil, Oliver Cunningham, enfatizando a importância do diagnóstico precoce para aumentar as chances de cura em crianças e adolescentes.

Engajando a Sociedade

Como parte da estratégia de sensibilização e engajamento da sociedade com o projeto Hack4 Good, a agência de Propaganda e Marketing, DPTO, criou um vídeo que apresenta a plataforma e sensibiliza a sociedade sobre a importância do diagnóstico precoce para aumentar as chances de cura da doença no Brasil. O vídeo foi lançado no tradicional Jantar de Gala do Instituto Ronald McDonald, em 2020, e retrata as alegrias de uma família desde o nascimento de uma criança, até as angústias quando diagnosticada com o câncer infantil. A locução do filme foi feita pelo ator Reynaldo Gianecchini, que venceu a luta contra um linfoma não-Hodgkin. O desenhista e youtuber Ronaldo de Azevedo, do canal Gato Galáctico, que tem mais de 13 milhões de inscritos, assina as ilustrações da obra. A produção ficou a cargo da IMG Content e Squad.

De acordo com Fran Abreu, CEO da DPTO, essa não é a primeira vez que a agência empresta sua criatividade para ajudar crianças com câncer. “Nós já fizemos grandes projetos para o Centro Infantil Boldrini, Hospital do Câncer e Cruz Vermelha, mas é a primeira vez que ao ver o resultado fiquei emocionado por tanto envolvimento e parcerias que conseguimos juntar num objetivo comum”.

As chances de cura

No Brasil a chance de sobrevivência média é estimada em 64%. Porém, as chances não são as mesmas em todas as regiões do país. Conforme o levantamento feito pelo Inca, as chances médias de sobrevivência nas regiões Sul são 75% e Sudeste são 70%. Já no Centro-Oeste, Nordeste e Norte elas são 65%, 60% e 50% respectivamente. A cada hora, surge um novo caso de câncer em crianças e adolescentes no país.

De acordo com Carmem Fiori, especialista em oncologia pediátrica, os sintomas do câncer infantojuvenil podem se confundir com doenças comuns da infância. Ela ainda destaca que todos devem se alertar para esses sinais e sintomas e, por isso, é muito importante falar mais sobre a doença. “É preciso reconhecer os principais sinais e sintomas para ampliar as chances de cura das crianças e adolescentes e diminuir também o sofrimento e as sequelas do tratamento. A suspeita diagnóstica ainda está aquém do ideal”, completa a especialista.

No atual cenário da pandemia da Covid-19, o dado se torna ainda mais alarmante visto que pacientes oncológicos costumam apresentar imunossupressão, seja pela própria doença, seja pelo tratamento, o que os tornam mais suscetíveis a infecções, e não podem interromper o tratamento oncológico

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