Justiça na Medicina: a relevância social dos profissionais

Por Antônio Carlos Lopes

Os médicos de todo o mundo tiveram reforçada a sua importância social durante a pandemia de Covid-19. No Brasil e em outros países, os cidadãos fizeram questão de registrar gratidão e reconhecimento ao fato de eles terem colocado a saúde e o bem-estar das pessoas acima dos próprios.

A campanha internacional #AplausosNaJanela viralizou em redes sociais. O resultado foram milhões de pessoas em varandas, em momentos diferentes, por todo o planeta, rendendo homenagens tocantes. Veículos de imprensa, ONGs e instituições ocuparam a internet com mensagens de força àqueles na linha de frente do combate à Covid-19.

Em nosso país, estrelas da TV e do cinema, como Mateus Solano, Marisa Orth, Fabiana Karla, Susana Vieira, Érico Brás e Reginaldo Faria, além de Tande, Jackie Silva, Virna Piovezan, Fofão e Marcelinho Machado, atletas de primeiríssimo time, somaram a mais uma ação da Associação Paulista de Medicina (APM): a belíssima campanha “Juntos com a APM – O médico tem e merece mais valor“.

É um projeto do presidente da APM, José Luiz Gomes do Amaral. Ele, aliás, é uma liderança diferenciada – uma das raras, em nosso meio –, a resistir a cantos de sereias, mantendo absoluta independência de partidos, ideologias e políticos, focando 100% do seu trabalho voluntário na prioridade ao médico e saúde de qualidade aos pacientes.

A Sociedade Brasileira de Clínica Médica, a qual presido, é parceira desta iniciativa que vem em ótima hora. Outras instituições, como a Federação Brasileira de Associações de Ginecologia e Obstetrícia, do professor César Eduardo Fernandes adotaram a causa, assim como a Sociedade Brasileira de Pediatria, da doutora Luciana Rodrigues Silva.

Vemos, com tudo isso, que há muitos que bem compreendem a relevância social dos profissionais de Medicina. Existe igualmente uma quantidade absurda de quem adote o descaso aos médicos. O Estado e parte das fontes pagadoras são campeões nesse quesito nada enaltecedor.

Em plena pandemia, certas operadoras de planos de saúde recusam-se a pagar os honorários devidos pelo atendimento por Telemedicina e insistem em interferir no atendimento. Com remuneração em queda livre, diversos médicos não conseguem manter seus consultórios e já vivem em situação delicada.

Não bastasse, há operadoras que ainda interferem no exercício da Medicina, pressionando para que não sejam solicitados exames de complexidade, forçando antecipação de altas, entre outros abusos distintos.

Na rede pública, historicamente, os salários são aviltantes. Mesmo colocando-se em risco diariamente, expostos à sobrecarga física e emocional, nossos médicos continuam sem reconhecimento financeiro, quiçá adicional de insalubridade.

É hora de as lideranças responsáveis e pacientes se unirem em defesa de nossos médicos. Fato é que carecemos de um representante compromissado a nível nacional, ao menos no âmbito associativo. Aqueles que deveriam ser eco de nossas vozes parecem se curvar a interesses políticos e pessoais. Não dá mais para segurar. Precisamos de renovação, queremos o novo.


*Antônio Carlos Lopes é presidente da Sociedade Brasileira de Clínica Médica.

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