IoT e telemedicina: a revolução no atendimento médico brasileiro

Por Loraine Burgard

A Internet das Coisas (IoT) poderá, de fato, revolucionar o atendimento médico no Brasil, e esse avanço abre um caminho promissor para a expansão da telemedicina e, consequentemente, para a democratização da saúde.

Embora existam ainda desafios importantes, o potencial de crescimento é grande. Um estudo da Polaris Market Research indicou que a IoT na saúde deve crescer a uma taxa anual de 17,9% até 2032. E não tenho dúvida que esse cenário promissor é fruto de uma série de benefícios que o setor está conhecendo e comprovando a eficácia.

Hoje, graças a equipamentos conectados é possível captar sinais vitais, dados clínicos, fazer ecocardiograma e até ultrassonografia em pacientes a quilômetros de distância do médico. Com as informações obtidas, os profissionais conseguem fazer um diagnóstico mais preciso, trazer uma melhor indicação de tratamento e medicação,

Essa precisão está diretamente relacionada à grande quantidade de dados coletados em tempo real pelos dispositivos conectados via IoT, que se tornam uma das maiores fontes de informações do planeta. Com acesso a maior número de dados personalizados, médicos podem tomar decisões clínicas mais bem fundamentadas, além de permitir ações preventivas e preditivas. Os resultados são melhores desfechos e ganhos para todos envolvidos. Um game changer no atendimento via telemedicina.

Acesso a especialistas e redução de filas

Os ganhos com a aplicação de IoT são transformadores para a gestão da saúde nas cidades, por exemplo. O cuidado preventivo e preditivo ajuda no monitoramento da população, na gestão de crônicos e também descentraliza o atendimento, impactando na redução de filas, que é um problema recorrente na saúde pública. Além disso, traz economia, com a possibilidade de tratamentos mais efetivos, rápidos e resolutivos.

Um ponto importante que não posso deixar de destacar é que a Internet das Coisas potencializa o atendimento de médicos especialistas, onde mais se tem fila de espera, principalmente em cidades pequenas. Em nível nacional, o tempo médio de espera para consultas médicas no SUS atingiu 57 dias em 2024, com variações entre as capitais. A telemedicina conectada pode ser a chave para mudar esse cenário.

Tendências que ampliam ainda mais a transformação da saúde:

  • A integração da IoT com a Inteligência Artificial: algoritmos podem trazer insights e diagnósticos mais precisos, com mais desfechos de sucesso.
  • Avanço do 5G: uma transmissão mais rápida e segura aumentará a eficiência dos IoTs e da telemedicina.
  • Blockchain: transparência e segurança da informação garantem privacidade e melhoram a confiança do cliente no compartilhamento de seus dados

Integrar IoT com IA permite a realização de análises preditivas ainda mais acuradas, além de trazer uma perspectiva de uma medicina mais personalizada, com acompanhamento mais próximo do paciente em tempo real, o que pode evitar re-internações, por exemplo. Outro benefício também é a questão do uso da robótica em cirurgias, ponto que no Brasil tem avançado na saúde privada.

Claro que existem desafios a serem enfrentados na adoção da IoT na saúde, como a proteção da privacidade dos dados e a integração entre diferentes sistemas. Superar essas dificuldades envolve melhorias na segurança da informação, políticas públicas que incentivem a interoperabilidade entre sistemas de saúde e investimentos em treinamento e infraestrutura tecnológica.

Mas os benefícios são imensos e, com o tempo, esses obstáculos podem ser vencidos, possibilitando que mais pessoas se beneficiem de um atendimento mais rápido e eficaz.

Como profissional apaixonada pela saúde, vejo que a IoT está criando uma nova era, mais conectada e personalizada. A telemedicina ampliada está permitindo que os profissionais ofereçam cuidados de maneira mais eficiente, acessível e proativa.

Eu acredito que estamos apenas começando a explorar todo o potencial, e o futuro promete um sistema de saúde mais inclusivo, inteligente e acessível a todos.


*Loraine Burgard é fundadora da healthtech h.ai.

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