Inteligência Artificial: a revolução na medicina brasileira
Por Armando Buchina*
Com as transformações que chegaram junto com a 4ª Revolução Industrial, diversas empresas passaram a investir mais e mais em inovações e mudanças sobre como interagimos com a tecnologia, porém muitas pessoas ainda não sabem como essas mudanças podem impactar em nossas vidas.
A inteligência artificial é um destes investimentos que contempla uma série de algoritmos específicos que adquirem conhecimentos (aprendizagem de máquina) capazes de executar determinadas ações, interagir com os seres-humanos por texto ou voz, fazer diagnósticos, propor soluções de problemas e uma infinidade de outras aplicações. Com isso, damos à máquina o poder do entendimento de situações, compreensão e interação.
O termo, que vem ganhando cada dia mais força no mercado, tornou-se constante no vocabulário dos profissionais de tecnologia, especialmente os que trabalham com healthcare IT, pensando em como a tecnologia pode mudar a saúde. O futuro para este mercado é promissor e os benefícios estão principalmente relacionados ao fluxo do paciente dentro das instituições de saúde, percorrendo por recepção, admissão, atendimento, diagnósticos, apoio em exames até a sua saída do laboratório, da clínica ou do hospital.
No mercado de healthcare, a inteligência artificial já tem desempenhado papel importante. Sendo utilizada no diagnóstico por imagem, torna-o mais rápido e preciso, reduzindo o tempo do paciente dentro das instituições, com análise de reações adversas, identificação de adulterações financeiras, entre outros fatores essenciais na rotina das instituições de saúde.
Alguns estudos da Frost & Sullivan – empresa de consultoria de negócios com foco em pesquisa e análise de mercado – avaliam que até 2025, 90% dos hospitais americanos e 65% dos hospitais ao redor do mundo já terão inteligência artificial em todos os seus processos, essa evolução deve garantir melhor atendimento ao paciente, redução de custos para as instituições e maior agilidade em diagnósticos e consultas médicas.
Um dos segmentos de maior aplicação na saúde está relacionado à visão computacional, que é a habilidade das máquinas reconhecerem imagens e classificá-las. O estudo prevê reconstruir, interromper e compreender uma cena 3D a partir de suas imagens em 2D, associando a inteligência artificial a um método de predição de riscos de doenças.
Nesse sentido, implementamos a aplicação em nossa solução no visualizador de imagens do sistema que proporciona o armazenamento e a comunicação de exames de imagens. Utilizando a inteligência artificial aplicada à radiologia, a ferramenta marca automaticamente as vértebras, aumentando a produtividade nos laudos médicos.
Nesta solução, o software a ser utilizado em exames de tomografia computadorizada e ressonância magnética foi treinado para identificar as vértebras em exames de coluna, permitindo a localização automática e mais rápida das estruturas. Trata-se de algo bastante específico, porém com grande potencial de expansão.
O mercado e a sociedade estão direcionando o olhar para a inteligência artificial e suas aplicações para melhorar o dia a dia. E nós, seguindo esta mesma linha, implementaremos ao longo dos anos diversas aplicações de inteligência artificial na área da saúde visando transformar o mercado e facilitar a vida de médicos e pacientes, sem esquecer das instituições de saúde que dependem de nossas soluções.
Brevemente, esse será o cotidiano de todos nós. Então, inteligência artificial, seja bem-vinda!
*Armando Buchina é Vice-Presidente de operações da Pixeon