Instituto do Sono firma parceira com a Philips e adota solução digital
O Instituto do Sono acaba de se tornar na primeira instituição de saúde na América Latina a adotar o software Mask Selector 2D e 3D Connected, da Philips. A solução escaneia o rosto de paciente e recomenda o tipo de máscara que melhor funciona conectada ao CPAP, um aparelho usado no tratamento da apneia obstrutiva do sono. Da sigla do inglês Continuous Positive Airway Pressure, o CPAP é um compressor que injeta um fluxo contínuo de ar nas vias aéreas do paciente, por meio de uma máscara ajustada ao nariz e, às vezes, ao nariz e à boca. O objetivo é manter a garganta aberta durante o sono, evitando a sensação de sufocamento, característica da apneia obstrutiva do sono.
Lançado no ano passado no Brasil, o software é resultado de mais de 10 anos de pesquisa em escaneamento facial, representando uma ampla variedade de etnias e geografias. A solução pode ser usada na casa do paciente (versão 2D) ou no consultório (3D). Ambas são conectadas a uma plataforma baseada em nuvem que auxilia o médico a gerenciar os dados dos pacientes.
Mask Selector 3D Connected captura 150 fotos do rosto de um paciente em apenas 20 segundos, reunindo 100 mil pontos de dados críticos de geometria facial de cada imagem. Por meio da inteligência artificial, identifica os 46,2 mil pontos mais importantes para determinar o tipo e a armação adequada e o tamanho específico para cada usuário. Os pacientes podem até ver como as máscaras ficarão em tempo real, com representações visuais geradas por computador.
Apneia obstrutiva do sono
Cerca de um bilhão de pessoas ao redor do mundo apresentam apneia obstrutiva do sono, uma doença caracterizada por episódios recorrentes e intermitentes de colapso das vias aéreas, que levam à cessação total ou parcial do fluxo de ar. Pode causar ronco, fragmentação de sono, sonolência excessiva diurna, cansaço, redução da memória e alterações de humor, além de aumentar o risco para doenças metabólicas e cardiovasculares, como infarto e acidente vascular cerebral.
Este distúrbio de sono acomete mais homens de meia idade e mulheres no pós-menopausa e obesos. Pessoas que ingerem bebidas alcoólicas próximas ao horário de dormir também estão sujeitas à doença. Nas crianças, a apneia obstrutiva do sono pode estar associada ao aumento das amígdalas e das adenoides.