Como as inovações têm impactado a vida de pacientes oncológicos

Por Flávia Soccol

Há alguns anos a percepção da sociedade sobre o câncer era de “sentença de morte”. A estimativa do Instituto Nacional do Câncer (INCA) é de 704 mil casos de câncer por ano no Brasil até 2025. Porém, apesar de essa batalha ainda ser desafiadora e recorrente, as novas tecnologias proporcionaram uma nova perspectiva para a jornada do paciente oncológico.

Apesar deste dado alarmante, as chances de cura chegam a 90% quando a doença é diagnosticada no início (INCA), e é exatamente nesse segmento que as inovações estão impactando a vida dos pacientes: na prevenção, na descoberta precoce e tratamentos médicos.

Dessa forma, as ferramentas avançadas de imagem, como o PET-CT e a ressonância magnética, permitem aos médicos detectar tumores em estágios iniciais, aumentando as taxas de sobrevivência e reduzindo a necessidade de terapias mais agressivas, proporcionando qualidade de vida ao paciente durante essa jornada.

Outra grande revolução no tratamento do câncer é a chamada “medicina de precisão”, uma abordagem de diagnóstico que analisa moléculas para identificar possíveis alterações nas células cancerígenas. Isso possibilita procedimentos mais personalizados e eficazes, diminuindo os efeitos colaterais que geralmente acompanham a quimioterapia, por exemplo.

Cada vez mais percebemos que a ciência busca por soluções menos invasivas e agressivas. E, uma delas tem sido a imunoterapia, que combate o avanço da doença pela ativação do próprio sistema imunológico do paciente. Ela é importante porque oferece uma nova esperança para pessoas com tumores avançados ou resistentes a tratamentos convencionais.

Além dessas técnicas, a digitalização tem desempenhado um importante papel no acesso dos pacientes a especialistas e métodos especializados. Um dado relevante, disponibilizado pelo Panorama das Clínicas de 2023, revela que, dentre os 1,3 mil entrevistados, 63% já oferecem atendimento por telemedicina, seja uma parte do corpo clínico (40%) ou todos os especialistas (23%). Esses dados demonstram que, no Brasil, a personalização dos atendimentos já se tornou uma realidade.

Desde a pandemia, a saúde no Brasil vem evoluindo significativamente no que diz respeito a tecnologias e plataformas que possibilitam tratamentos mais acessíveis e precisos – reduzindo o tempo de dor dos pacientes e os conectando mais rapidamente com profissionais de saúde.

Diante desses insights, percebo que as inovações no setor proporcionam muito mais do que resultados e novos tratamentos clínicos para pacientes oncológicos. Elas oferecem esperança e qualidade de vida para uma jornada difícil, ajudando-o a lidar com os sintomas físicos, mas também os emocionais. Espero que a pesquisa e a tecnologia continuem avançando, e que essas melhorias se expandam cada vez mais, tornando o tratamento do câncer cada vez mais eficaz e personalizado. Por isso, é essencial que as políticas públicas estejam preparadas para promover o acesso a essas novas tecnologias para todos da sociedade.


*Flávia Soccol é Head de Patient Care da Doctoralia.

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