Número de casos de SRAG permanece elevado em muitos estados

O novo Boletim InfoGripe da Fiocruz alerta que há sinal de queda do número de casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) em nível nacional. No entanto, o número permanece elevado em muitos estados. Este cenário se deve a redução, na maior parte do país, do número de hospitalizações por influenza A e vírus sincicial respiratório (VSR). Entre os óbitos com resultado laboratorial positivo nas últimas quatro semanas, 63,2% foram por influenza A. O InfoGripe é uma estratégia do Sistema Único de Saúde (SUS), voltada ao monitoramento de casos de SRAG no país, oferecendo suporte às vigilâncias em saúde na identificação de locais prioritários para ações, preparações e resposta a eventos em saúde pública. A atualização é referente à Semana Epidemiológica 29, de 13 a 19 de julho.

A incidência de SRAG ainda se encontra alta, especialmente entre as crianças pequenas, nas quais o VSR é o principal vírus identificado. Quanto casos de SRAG nos idosos, associados à influenza A, mesmo em queda na maior parte do país as ocorrências também seguem em níveis elevados em vários estados das regiões Centro-Sul e em alguns do Norte e Nordeste.

Quanto à Covid-19, segundo a pesquisadora Tatiana Portella, do Programa de Computação Científica da Fiocruz e do InfoGripe, os casos graves seguem em baixa e estáveis na maior parte do território nacional. O único estado que chama a atenção é o Ceará, onde foi identificado um leve aumento nas notificações dos casos graves pelo vírus. No Rio de Janeiro, informa Portella, o aumento dos casos de SRAG por Covid-19 observado nas últimas semanas parece não ter ganhado força e não se sustentou nas semanas mais recentes.

“De qualquer forma, a gente continua recomendando que as pessoas mantenham a vacinação contra a influenza e a Covid-19 em dia. E, para quem mora nos estados com alta de casos de SRAG, a orientação é seguir usando máscara em locais fechados, em unidades de saúde e diante do aparecimento dos sintomas de gripe ou resfriado”, chama a atenção a pesquisadora.

Nas quatro últimas semanas epidemiológicas, a prevalência entre os casos positivos foi de 50,6% de vírus sincicial respiratório, 21,2% de influenza A, 1,5% de influenza B, 26,2% de rinovírus e 2,9% de Sars-CoV-2 (Covid-19). Entre os óbitos, a presença destes mesmos vírus entre os positivos e no mesmo recorte temporal foi de 63,2% de influenza A, 1,9% de influenza B, 17% e vírus sincicial respiratório, 12,3% de rinovírus e 5,1% de Sars-CoV-2 (Coi-19).

Estados e Distrito Federal

O número de casos de SRAG ainda permanece elevado em muitos estados. No agregado nacional, o estudo verificou indícios de queda de SRAG nas tendências de curto e de longo prazo. Esse cenário se deve à manutenção da queda nas hospitalizações por influenza A e VSR na maior parte do país. A incidência de SRAG permanece maior entre crianças pequenas, tendo o VSR como principal vírus associado. Já a mortalidade se mantém mais elevada em idosos, principalmente em decorrência da influenza A.

Apenas o Amazonas apresenta incidência de SRAG em nível de alerta, risco ou alto risco (últimas duas semanas) com sinal de crescimento na tendência de longo prazo (últimas seis semanas) até a semana 29. A retomada dos casos de SRAG nesse estado ocorre principalmente nas crianças pequenas e está associado ao VSR.

Além disso, 20 unidades da Federação também apresentam incidência de SRAG em níveis de alerta, risco ou alto risco, porém sem sinal de crescimento na tendência de longo prazo: Acre, Alagoas, Bahia, Distrito Federal, Espírito Santo, Goiás, Maranhão, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Paraná, Paraíba, Pará, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul, Rio de Janeiro, Rondônia, Roraima, Santa Catarina e Sergipe.

Mesmo com tendência de queda na maior parte do país, os casos de SRAG entre crianças pequenas, associados ao VSR, ainda permanecem em níveis elevados de incidência em boa parte das unidades, com exceção do Amapá, Distrito Federal e Tocantins. Em relação aos idosos, os casos de SRAG associados à influenza A seguem em níveis de incidência de moderado a alto em muitos estados das regiões Centro-Sul, além de alguns estados do Norte, e do Nordeste.

Capitais

Apenas uma – Campo Grande (MS) – das 27 capitais brasileiras apresenta nível de atividade de SRAG em alerta, risco ou alto risco com sinal de crescimento de SRAG até a semana 29. A retomada do crescimento do número de casos de SRAG em Campo Grande ocorre em praticamente todas as faixas etárias, com exceção das crianças de 2 a 4 anos e na população de 50 a 64 anos.

Situação nacional

No ao ano epidemiológico de 2025 já foram notificados 139.323 casos de SRAG, sendo 73.905 (53%) com resultado laboratorial positivo para algum vírus respiratório, 46.726 (33,5%) negativos e cerca de 9.314 (6,7%) aguardando resultado laboratorial. Dentre os casos positivos do ano corrente, observou-se que 26,5% são de influenza A, 1,1% de influenza B, 46,1% de vírus sincicial respiratório, 22,7% de rinovírus, e 7,1% de Sars-CoV-2 (Covid-19). Nas quatro últimas semanas epidemiológicas, a prevalência entre os casos positivos foi de 21,2% de influenza A, 1,5% de influenza B, 50,6% de vírus sincicial respiratório, 26,2% de rinovírus e 2,9% de Sars-CoV-2 (Covid-19). (Com informações da Agência Fiocruz)

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