Cresce hospitalizações por influenza A no Norte e Nordeste, aponta Infogripe

O novo Boletim InfoGripe da Fiocruz alerta que a influenza A apresenta sinal de início ou manutenção do crescimento do número de hospitalizações em alguns estados do Norte (Amazonas, Pará e Tocantins) e Nordeste (Bahia, Piauí, Ceará), além de Santa Catarina. No Sudeste (São Paulo, Espírito Santo e Rio de Janeiro), as hospitalizações pelo vírus continuam diminuindo, porém em ritmo mais lento no ES e RJ.

O InfoGripe é uma estratégia do Sistema Único de Saúde (SUS) voltada ao monitoramento de casos de SRAG no Brasil. A iniciativa oferece suporte às vigilâncias em saúde na identificação de locais prioritários para ações, preparações e resposta a eventos em saúde pública. A análise é referente à Semana Epidemiológica 49, período de 30 de novembro a 6 de dezembro.

Diante desse cenário, a pesquisadora Tatiana Portella, do Programa de Computação Científica da Fiocruz, alerta que em função do aumento do número de hospitalizações por influenza A, principalmente nas regiões Norte e Nordeste, é fundamental que as pessoas dos grupos de risco estejam em dia com a vacinação. “Qualquer sinal de piora dos sintomas da gripe, como febre persistente ou desconforto respiratório, o recomendado é procurar atendimento médico”, destaca Portella. Segundo a análise, os casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) apresentam sinal de queda. Nenhuma unidade federativa apresenta incidência de SRAG em nível de alerta, risco ou alto risco (últimas duas semanas) com sinal de crescimento na tendência de longo prazo (últimas seis semanas) até a semana 49.

Os dados laboratoriais por faixa etária mostram que o rinovírus tem sido a principal causa de hospitalização por SRAG em crianças e adolescentes até 14 anos. Verifica-se também um maior número de casos de SRAG classificados como “outros” nas crianças até 2 anos, dos quais a maioria é de metapneumovírus. Nas regiões Sudeste e Centro-Oeste, a diminuição dos casos de SRAG na população de jovens, adultos e idosos se deve principalmente à redução das hospitalizações por influenza A nessas faixas etárias, embora os casos graves pelo vírus mostrem sinais de aumento no Norte e Nordeste.

Mesmo estando em níveis baixos de incidência em todos os estados, a Covid-19 se mantém como uma das principais causas de hospitalização por SRAG entre os idosos nas últimas semanas. Nas quatro últimas semanas epidemiológicas, a prevalência entre os casos positivos foi de 22,9% de influenza A, 2,4% de influenza B, 4,8% de vírus sincicial respiratório, 41,1% de rinovírus e 12,1% de Sars-CoV-2 (Covid-19).

Estados e capitais

Apenas quatro unidades da Federação apresentam incidência de SRAG em níveis de alerta, risco ou alto risco, porém sem sinal de crescimento na tendência de longo prazo: Amazonas, Espírito Santo, Pará e Roraima. Apesar de não apresentarem tendência de aumento, o nível moderado ou alto de SRAG nesses estados se concentra especialmente nas crianças e adolescentes e é causado principalmente pelo rinovírus. Entre as capitais, apenas Boa Vista (RR) apresenta nível de atividade de SRAG em risco (últimas duas semanas) com sinal de crescimento de SRAG na tendência de longo prazo (últimas seis semanas) até a semana 49.

 

Ano epidemiológico

Referente ao ano epidemiológico 2025, já foram notificados 220.556 casos de SRAG, sendo 115.872 (52,5%) com resultado laboratorial positivo para algum vírus respiratório, 82.181 (37,3%) negativos e ao menos 8.457 (3,8%) aguardando resultado laboratorial. Entre os casos positivos do ano corrente, observou-se 23,1% são de influenza A, 1,2% de influenza B, 37,8% de vírus sincicial respiratório, 29,1% de rinovírus, e 8,5% de Sars-CoV-2 (Covid-19). Nas quatro últimas semanas epidemiológicas, a prevalência entre os casos positivos foi de 22,9% de influenza A, 2,4% de influenza B, 4,8% de vírus sincicial respiratório, 41,1% de rinovírus e 12,1% de Sars-CoV-2 (Covid-19).

Quanto aos óbitos por SRAG em 2025, já foram registradas 13.020 mortes, sendo 6.607 (50,7%) com resultado laboratorial positivo para algum vírus respiratório, 5.207 (40%) negativos e ao menos 203 (1,6%) aguardando resultado laboratorial. Em relação aos óbitos do ano corrente, observou-se que 48,4% são de influenza A, 1,8% de influenza B, 11,1% de vírus sincicial respiratório, 14,6% de rinovírus e 24,2% de Sars-CoV-2 (Covid-19). Nas quatro últimas semanas epidemiológicas, a prevalência entre os óbitos positivos foi de 33% de influenza A, 3,2% de influenza B, 1,6% de vírus sincicial respiratório, 14,6% de rinovírus e 40,5% de Sars-CoV-2 (Covid-19). (Com informações da Agência Fiocruz)

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