Icesp chega a 26 milhões de atendimentos
O Instituto do Câncer do Estado de São Paulo (Icesp), um dos principais centros oncológicos da América Latina, recebeu 94 mil pacientes e fez 26 milhões de atendimentos em uma década. Neste mês, o instituto, localizado na capital paulista, completa 10 anos de existência.
Para o secretário estadual da Saúde, Marco Anônio Zago, o Icesp é importante não apenas pelo alto volume de atendimentos, mas pela qualidade do serviço oferecido à população, feito integralmente pelo Sistema Único de Saúde (SUS). “Além de ter um tratamento de excelência, é um local de treinamento e formação de pessoal.”
Zago lembrou que, com os brasileiros estão vivendo mais e disse que isso eleva a importância do Icesp. “A mudança do perfil epidemiológico e da população tende a transformar o câncer na principal causa de morte no Brasil e no mundo todo”, destacou o secretário.
Atualmente, o Icesp recebe 10 mil pessoas por dia e trata mais de 45 mil pacientes, o que representa cerca de 10% dos casos de câncer registrados no estado. O instituto já fez 430 mil sessões de radioterapia e 440 mil de quimioterapia, além de 65 mil cirurgias.
Os principais tipos de câncer tratados em mulheres são o de mama (27,2%) e os de órgãos digestivos (15,2%) e genitais (8,5%). Entre os homens, há maior incidência de câncer em órgãos genitais (29,3%), digestivos (19,2%) e de tecido linfático, produção de células do sangue e tecidos correlatos (8,5%).
SUS
Ao comentar a importância do SUS para a populaçao, Zago afirmou que o sistema precisa ser fortalecido e aperfeiçoado. “O SUS é o maior programa social de saúde do mundo e sustenta, como única forma de atendimento, pelo menos 60% da população brasileira”, disse o secretário.
O diretor do Icesp, Paulo Hoff, destacou que, apesar de a crise econômica ter impossibilitado grandes investimentos, o instituto inaugurou um tubo pneumático. A tecnologia consiste em um tubo de ar para transportar, por 2,7 quilômetros, amostras de exames, bolsas de sangue, remédios e documentos de forma fácil. “Isso vai melhorar a qualidade vida dos funcionários e dos pacientes, liberando tempo de elevador, que tem alto fluxo de pessoas.”