Vera Cruz lança Serviço de Gestação de Alto Risco e Medicina Fetal
O Hospital Vera Cruz (HVC) lança o serviço de Gestação de Alto Risco e Medicina Fetal. O setor de obstetrícia – que entre outros acompanhamentos aplica o pré-natal normal -, é reforçado agora pelo ambulatório de pré-natal de alto risco, tornando-se um centro de referência para gestações com complicações para a mãe, para o feto ou para os dois.
O objetivo é proporcionar um acompanhamento integral da paciente de Campinas e região, desde a concepção, pré-natal e parto. “Um dos focos é a prevenção e orientação personalizada para cada gestante. Com a iniciativa, diminuiremos a morbimortalidade, isto é, reduziremos o índice de doenças que podem provocar a morte do feto ou da mãe”, explica o pediatra Dr. Antonio Girotto Júnior, coordenador de Negócios Médicos e Desenvolvimento de Projetos na área de Novos Mercados do Hospital Vera Cruz.
Segundo o Dr. Renato Ximenes, coordenador do Serviço de Medicina Fetal do Centro, a condição de gestante de risco se enquadra em três situações: mulheres com doenças crônicas prévias à gestação; aquelas que tiveram uma gravidez anterior de alto risco, e as que identificam, ao longo dos nove meses, uma doença ou sintoma que pode oferecer algum perigo para ela ou para o bebê.
“Será oferecido às gestantes o acompanhamento ecográfico maternofetal especializado, serviço que investiga se há alterações no crescimento fetal, malformações, alterações cromossômicas e síndromes genéticas”, salienta Dr. Ximenes.
Dr. Marcelo Nomura, coordenador do Ambulatório de Gestação Alto Risco, explica que o intuito da assistência pré-natal de alto risco é interferir no curso de uma gestação que possa ter um resultado desfavorável. “A detecção e condução eficiente desses casos permite, entre outras iniciativas, a programação do parto em tempo adequado e indicado”, enfatiza o médico.
Uma das ações do Centro de Gestação de Alto Risco e Medicina Fetal começa antes da gravidez. É o Aconselhamento Pré-Concepcional para situações de risco potencial. Neste serviço, como forma preventiva, o casal recebe orientações e um planejamento para desenvolver uma gestação mais segura.
Com o Centro de Gestação de Alto Risco e Medicina Fetal à disposição, a gestante e sua família não têm dúvidas sobre quem procurar, recebem diagnóstico precoce que pode ajudar na solução de problemas, são acompanhados durante e após o parto e ganham confiança sustentada no tratamento baseado em protocolos médicos.
Bem-estar mãe-feto
“Nosso alvo é o bem-estar do binômio mãe-feto, o que envolve diversas especialidades médicas e de profissionais de saúde. O tratamento do feto avançou muito nos últimos anos e o Vera Cruz é um dos poucos hospitais no País que pode intervir em malformações em cirurgia intra-útero”, pontua o Dr. Nomura.
De acordo com Dr. Girotto Jr., o novo serviço conta com equipe de médicos especializados em gestação de alto risco e Medicina Fetal, ultrassonografia morfológica, ecocardiografia fetal e vários exames específicos, a exemplo da amniocentese e biopsia de vilo corial, o USG Fetal, Cardiotocografia e Vitalidade Fetal. “O ambulatório tem conexão direta com os obstetras do Pronto-Socorro de Obstetrícia do Hospital Vera Cruz para situações de urgência e emergência”, frisa o coordenador.
Dr. Nomura destaca que o Centro tem à disposição todas as especialidades clínicas e cirúrgicas de apoio, a exemplo de neurocirurgia, cirurgia pediátrica, cardiologia pediátrica, radiologia, genética médica e patologia clínica, em parceria com o Laboratório Fleury.
Para o pediatra especialista em Neonatalogia Abimael Aranha Netto, o Centro de Gestação de Alto Risco e Medicina Fetal é uma aglutinação de serviços que ampara todas as fases de uma gravidez delicada, desde o pré-natal, o parto e a UTI Neonatal para atendimento ao recém-nascido, principalmente aos prematuros ou com malformações.
De acordo com o coordenador, a segmentação dos serviços especializados torna o cuidado mais individualizado e gera sustentabilidade ao sistema. “O acompanhamento mais próximo e preventivo permite evitar ou minimizar problemas com diagnóstico e tratamento adequados, refletindo também em redução de riscos, de estresse e de gastos excessivos com internações em UTI porque há maior controle da complexidade”, salienta.
Números
O número de recém-nascidos vivos no Brasil, em 2018, foi de aproximadamente 3 milhões. Desses, estima-se que entre 3% a 4% (de 90 mil a 120 mil) apresente anomalias congênitas.
Em escala mundial, as anomalias congênitas são a 5ª principal causa mortis em crianças com menos de 5 anos de idade.
Quase 1/3 das mortes infantis em todo o mundo são atribuídas às anomalias congênitas, segundo a Organização Mundial da Saúde.
A malformação e a prematuridade são responsáveis por cerca de 85% das internações em UTI Neonatal.