Hub de negócios: um modelo inovador e disruptivo
Por Carlos Dutra
Hub de negócios é um modelo inovador e disruptivo, que propicia a prestação de múltiplos serviços para milhões de consumidores por meio de diversas empresas, com elevado nível de qualidade, segurança, performance, disponibilidade e com redução significativa do esforço de todos os provedores e consumidores dos serviços que fazem parte do hub.
Esse modelo foi concebido para atender, com a velocidade requerida pela transformação digital e a demanda do mercado, acelerada pelos tempos desafiadores que vivemos, além de contribuir para a redução de custos, de agilizar a implantação de novos serviços e de incrementar oportunidades. Trata-se de um modelo de cooperação, no qual milhares de fornecedores prestam seus serviços com foco em ações horizontalizadas.
Atualmente, existem milhares de empresas prestando serviços e provendo produtos para milhares de outras companhias que os comercializam e entregam. Esse processo requer um volume absurdo de integrações e, apesar da evolução tecnológica, sabemos a complexidade que representa cada um desses processos.
Imagine-se gestor de uma farmácia que deseja prestar os melhores serviços para seus clientes. Antes da existência do hub, seus sistemas precisariam fazer dezenas de integrações para oferecer os benefícios de todos os programas da indústria, pesquisar múltiplas empresas de prescrição eletrônica, consultar todos os descontos dos programas corporativos, e assim por diante.
Agora, imagine-se diretor de uma grande empresa que deseja implantar um programa de relacionamento para o consumidor final, com produtos comercializados em farmácias. Você precisaria fazer integrações com milhares de farmácias para alcançar seus objetivos.
Aí é que entra o conceito de hub de negócios, um conjunto de plataformas tecnológicas integradas, um time altamente qualificado e processos otimizados funcionando como um integrador, que pode ligar todos os participantes, inclusive hospitais e clínicas.
Esse gráfico é uma representação das interligações necessárias para conectar os 4 pontos vermelhos, que simbolizam provedores de informações (programas da indústria, prescrição eletrônica etc.), e os 8 pontos pretos, que seriam as farmácias. Para entender a amplitude do cenário, considere que, no Brasil, temos mais de 70 mil farmácias (no gráfico, são apenas 8) enquanto os provedores de informação são centenas (no gráfico, apenas 4).
No exemplo, o modelo tradicional precisa de 32 conexões, e o modelo de hub de negócios cumpre o mesmo papel com apenas 10 conexões. O quadro fica ainda mais favorável para o HUB quando entra um novo provedor, que requer apenas uma conexão no modelo HUB contra 8 do tradicional.
E qual é o ganho disso para a população?
Tudo é feito pensando no consumidor final, que passou a ser o foco das atenções, a demandar os melhores serviços, a contar com as melhores condições e tem o poder de mudar de fornecedores com o simples toque de dedos. O “shopper centricity”, que significa a atenção total ao consumidor final, veio para ficar, e quem não estiver preparado para isso sofrerá impacto nos seus negócios.
Com o hub, a farmácia do nosso exemplo teria seu esforço de integração extremamente reduzido. Muitos serviços passam a ser disponibilizados num tempo muito menor e, em uma única integração, ela tem acesso a múltiplos serviços.
Da mesma forma, a grande empresa do exemplo teria possibilidade de atingir uma grande cobertura geográfica em pouco tempo, o que faz toda a diferença. Além disso, cada rede tem suas peculiaridades tecnológicas, e o hub elimina a obrigatoriedade dessa empresa entender e tratar cada caso, o que simplifica muito a complexidade e os custos envolvidos.
*Carlos Dutra é CEO da InterPlayers.