Hospital Brasília adota protocolos de segurança para manter transplantes
De abril a junho deste ano, o número de transplantes caiu 61%, de acordo com a Associação Brasileira de Transplantes (ABTO), em decorrência do novo coronavírus. Cerca de 44% dos pacientes que aguardavam um novo órgão, morreram na fila de espera. De acordo com a entidade, o total de transplantes realizados caiu 32%, comparativamente ao mesmo período de 2019. Caso a curva continue descendo, ao final de 2020, o número pode ser o mesmo de 2011.
Entretanto, mesmo com as dificuldades proporcionadas pela Covid-19, o Hospital Brasília continua a realizar os procedimentos. A instituição adota um conjunto de práticas para a prevenção do paciente contra o vírus. Entre elas estão a teleconsulta, limitação de acompanhantes, além da realização prévia do exame com PCR para o coronavírus de 48h a 72h antes do procedimento.
“Procuramos atender da maneira mais segura, adotando protocolos específicos para o paciente e seu acompanhante. Após o transplante, o paciente é encaminhado para uma UTI específica com ausência de coronavírus, e na internação é permitido apenas um acompanhante. Toda a equipe é testada todos os dias para saber se alguém contraiu o vírus”, explica André Watanabe, coordenador do programa de transplantes de fígado do hospital. De acordo com o médico, toda semana é realizado um novo transplante no hospital.
Setembro verde
A campanha de Setembro Verde é voltada a sensibilizar a população da importância da doação de órgãos. Existem dois tipos de doadores: o vivo e o falecido.
Com o doador vivo, somente alguns órgãos podem ser doados: um dos rins, parte do fígado, parte da medula óssea ou parte do pulmão.
Já para os falecidos, não é necessária uma ficha para doação de órgãos, mas é fundamental que a família saiba da intenção do indivíduo. No Brasil, este procedimento só é realizado com a autorização dos familiares.