Hospital Anchieta terá estrutura inédita para atender traumas graves
O Hospital Anchieta de Taguatinga vai inaugurar, no dia 1º de novembro, sua nova Linha de Trauma — uma estrutura inovadora que organizará e integrará o atendimento a vítimas de traumas graves. O objetivo será garantir que cada paciente receba um cuidado rápido, preciso e coordenado, desde o resgate até o tratamento definitivo. O hospital será o único privado do Distrito Federal com heliponto homologado pela Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC), o que permitirá o transporte aéreo direto de pacientes graves, garantindo ainda mais agilidade no atendimento.
Segundo o cirurgião e coordenador da Linha de Trauma, Rodrigo Caselli Belém, o modelo representará um avanço essencial para salvar vidas. “O trauma é uma das principais causas de morte e incapacidade no Brasil, e a velocidade no atendimento é determinante. Nossa Linha de Trauma foi desenhada para eliminar gargalos e garantir que o paciente grave seja atendido por uma equipe completa e pronta para agir em segundos”, explica.

O funcionamento será totalmente integrado. A qualquer hora do dia ou da noite, o hospital receberá pacientes encaminhados pelas empresas privadas de atendimento pré-hospitalar, SAMU e pelo Corpo de Bombeiros, além daqueles que chegarem por meios próprios.
Quando houver um alerta de trauma grave, a sala de trauma estará imediatamente preparada e o time multidisciplinar — formado por técnicos de enfermagem, enfermeiros, emergencistas, cirurgiões gerais e de trauma — será acionado. O cirurgião de trauma liderará o atendimento, conduzirá a avaliação primária e coordenará os exames e procedimentos que precisarão serem realizados nos primeiros minutos.
“Todo o processo será padronizado. Em até 30 minutos conseguiremos avaliar, diagnosticar e iniciar o tratamento das lesões mais graves, com acesso imediato a exames de imagem e à equipe cirúrgica, se necessário. Isso reduzirá a mortalidade, evitará sequelas e aumentará a chance de recuperação”, destaca Caselli.
Transporte aéreo
Um dos diferenciais do novo modelo será a integração com o transporte aéreo. O uso de helicópteros tem se mostrado fundamental para reduzir o tempo entre o acidente e o atendimento hospitalar — fator conhecido como “hora de ouro” no trauma. “Um trajeto que demoraria uma hora por terra poderá ser feito em 10 a 20 minutos de helicóptero. Essa diferença é decisiva quando o paciente tem uma hemorragia interna, um traumatismo craniano grave ou múltiplas lesões. O transporte aéreo permitirá que ele chegue rapidamente à nossa sala de trauma, onde a equipe já está pronta para agir”, ressalta o coordenador.
Os casos que mais se beneficiarão dessa estrutura são os politraumas, traumatismos cranioencefálicos graves, traumas torácicos e abdominais, queimaduras extensas, amputações traumáticas e acidentes em áreas remotas. Em todos esses cenários, a rapidez no resgate e o atendimento coordenado aumentam significativamente a sobrevida e reduzem as complicações.
“O cirurgião de trauma lidera o processo, mas temos emergencistas, ortopedistas, neurocirurgiões, anestesiologistas, intensivistas e enfermeiros especializados trabalhando juntos. Além disso, o centro cirúrgico, a UTI e o banco de sangue são acionados simultaneamente. Isso faz com que o atendimento seja contínuo, seguro e sem perda de tempo”, explica.
O hospital também planeja expandir o modelo para outras unidades, como o Hospital Anchieta Ceilândia, e investir em telemedicina, pesquisa clínica e capacitação contínua das equipes. “Nosso compromisso é com a excelência e com a inovação. A Linha de Trauma é um passo importante nessa missão de oferecer atendimento de ponta, com segurança e agilidade”, conclui Rodrigo Caselli Belém.
 
								
