Pacientes do Hospital Amaral Carvalho recebem laringe eletrônica
Para muitos pacientes com câncer na laringe, um dos tipos mais comuns na região da cabeça e pescoço, não conseguir falar é uma realidade. Em casos avançados, a extração da laringe (região onde ficam as cordas vocais), conhecida como laringectomia total, é o procedimento que pode garantir a cura, mas também causa a afonia, que é a perda da voz.
De acordo com a fonoaudióloga Renata Furia Sanchez, do Hospital Amaral Carvalho (HAC), além de lidar com o tratamento, os laringectomizados totais precisam aprender a se comunicar novamente.
Entre as ações da Associação de Câncer de Boca e Garganta – ACBG, está o projeto “Uma voz possível”, iniciativa viabilizada pelo Programa Nacional de Apoio à Atenção Oncológica (Pronon), que distribui laringes eletrônicas a pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS) para facilitar a comunicação. “Portátil, com baterias recarregáveis, o acessório possibilita a emissão de uma onda sonora contínua. Essa vibração é transmitida por uma pseudovoz metálica que forma palavras através dos órgãos articuladores (lábios, língua e dentes)”, explica Renata.
De acordo com a profissional, o equipamento é emprestado ao paciente, que usa pelo tempo necessário e depois devolve ao hospital para ser repassado a outros usuários. Na visita da ACBG, cinco pacientes do HAC receberam a laringe eletrônica.
A fonoaudióloga contou que, na ocasião, aproveitou para firmar parceria com a ACBG para a mobilização Julho Verde, de conscientização sobre câncer de cabeça e pescoço.