Gestão: hábitos saudáveis valem também para os negócios
Hábitos nada saudáveis podem causar sérias doenças. Algumas delas, com risco à vida, podendo abreviá-la ao ponto de viver os últimos momentos em cuidados paliativos, até seu ocaso. Vale para nossa existência e, também, para a gestão de negócios, quando a falta de cuidado pode fazer uma empresa ter um fim precoce.
Infelizmente, para mais da metade dos negócios brasileiros, essa tem sido a regra. São aquelas que, segundo estudo do BigDataCorp, não resistem a mais de três anos de operação. Entre os principais motivos para o fechamento precoce estão a falta de planejamento e a gestão financeira deficitária.
Empreendimentos que se descuidam e não priorizam o controle das finanças são os mais vulneráveis e menos preparados para enfrentar crises externas. Pouco resilientes, ficam sujeitos aos desequilíbrios provocados pelo contexto e apresentam maior dificuldade para retomada.
O assunto ganhou mais importância nos últimos anos, especialmente desde a pandemia. Na ocasião, um dos setores mais expostos foi o da saúde — tanto pelo excesso de demanda nas emergências quanto pela queda na procura por consultas e procedimentos eletivos. Clínicas e consultórios médicos com foco em pacientes recorrentes viram seu faturamento despencar e passaram a olhar para a saúde financeira com mais atenção. Ao mesmo tempo, tomaram como prioridade a transformação digital. O resultado dessa combinação? Tecnologia aplicada à otimização de recursos — de tempo e dinheiro.
Negócios médicos de pequeno e médio porte perceberam a importância de fluxos e processos mais robustos para dar conta das diferentes necessidades que envolvem o cuidado com as finanças. E o mercado acompanhou essa movimentação.
Softwares de gerenciamento voltados à área da saúde já substituem pilhas de papel, automatizam trabalhos manuais, facilitam o controle de estoque, resolvem repasses de valores, comissionamento, emissão de nota fiscal e fluxo de caixa, promovem a integração de dados e geram relatórios a partir do cruzamento de informações. Tudo isso de forma integrada, customizada, segura e descomplicada. Com visualização e análise avançada de dados, o médico tem o principal número do consultório na palma da mão — recurso fundamental para uma tomada de decisão ágil e assertiva.
Players do setor que investiram em soluções de gestão financeira à época da pandemia certamente estavam melhor preparados para lidar com os desafios motivados pela recente catástrofe no Rio Grande do Sul. E seguem menos suscetíveis a crises futuras. Estão credenciados para encarar, com resiliência, as adversidades no horizonte.
E essa solução não se restringe ao setor da saúde. É o cuidado necessário para auxiliar gestores de qualquer nicho a navegar em mares revoltos. Valendo-se de ferramentas como essas, somado a hábitos saudáveis, como boa gestão, rigor com as finanças e planejamento, é possível ter uma vida mais longa e prosperar com sustentabilidade.
*Marcelo Stangherlin é CEO da GestãoDS.