Pedidos de green cards para fisioterapeutas brasileiros têm aumento de 23,9% em um ano
Levantamento realizado pela empresa de mobilidade global Hayman-Woodward aponta um crescimento de 23,9% no número de pedidos de green cards solicitados por fisioterapeutas brasileiros. Só no último ano, a empresa de mobilidade global registrou cerca de 1,8 mil solicitações, o que sinaliza o interesse desses profissionais em ingressar no mercado americano, em resposta à demanda elevada por serviços de fisioterapia nos EUA.
A escassez de fisioterapeutas pode ser explicada por vários fatores que incluem o envelhecimento da população americana e o aumento das condições crônicas de saúde. Leonardo Freitas, CEO da empresa, destaca outras razões que impulsionam a demanda por fisioterapeutas. “Essa carência de fisioterapeutas pode ser explicada pela exigência de educação e treinamentos constantes, a alta carga de trabalho que resulta em esgotamento, dificuldades com reembolsos de seguros, recursos educacionais limitados, além da distribuição geográfica desigual”, aponta.
Devido à escassez de profissionais de saúde, os EUA têm promovido nos últimos 10 anos, inúmeras políticas públicas para atrair talentos do mundo todo. Alguns dos programas desenvolvidos, incluem os vistos como o de habilidade extraordinária e de interesse nacional, que oferecem flexibilidade, especialmente em relação à validação de diplomas.
Quais são os tipos de vistos para fisioterapeutas?
Por conta da carência de fisioterapeutas e demais profissionais de saúde, foram desenvolvidos três tipos de vistos específicos para residência permanente:
- EB-2 “Schedule A” : destinado a fisioterapeutas e enfermeiros licenciados;
- EB-2 NIW: Que atende àqueles ainda não licenciados;
- Visto de habilidades extraordinárias : Profissionais renomados com publicações e prêmios importantes;
Ainda é preciso que os fisioterapeutas atendam a alguns requisitos para obter o green card, como ter de 5 a 10 anos de experiência na área.
“Dependendo da categoria do visto, pode ser exigida a validação do diploma e licenciamento nos EUA. Muitos profissionais optam por categorias que não requerem validação do diploma, mas necessitam de comprovação de histórico profissional de pelo menos cinco anos após a conclusão do bacharelado”, conclui.
Salários superiores aos do Brasil
Um dos principais motivos que tem atraído fisioterapeutas brasileiros são os salários oferecidos nos EUA, considerados competitivos e superiores aos do Brasil. No entanto, muitos profissionais almejam trabalhar no país por conta da oportunidade de trabalharem com tecnologias mais avançadas e infraestrutura de ponta. Além disso, há uma ampla gama de áreas de especialização e oportunidades para desenvolvimento profissional contínuo.
No entanto, Leonardo Freitas chama a atenção para alguns desafios que podem ser enfrentados por profissionais que optam por uma carreira nos EUA. Confira alguns deles:
- Necessidade de adaptação cultural;
- Possíveis diferenças na prática profissional;
- Processo de validação de credenciais e licenças.
Contudo, Freitas completa que “a experiência internacional pode ser enriquecedora tanto em termos profissionais quanto pessoais, oferecendo a chance de contribuir significativamente para a saúde e bem-estar em um ambiente multicultural”, reforça o CEO da Hayman-Woodward.