Número de geneticistas no Brasil praticamente dobrou na última década
A última década mostrou uma importante evolução do número de especialistas em Genética Médica. Os dados são do estudo Demografia Médica no Brasil (DMB), a primeira produzida em parceria entre a Associação Médica Brasileira (AMB) e a Faculdade de Medicina da USP (FMUSP). Entre os dois momentos analisados (2012 e 2022), a Genética Médica praticamente dobrou o número de especialistas. Eram 200 e hoje são 407 registros de especialistas em Genética Médica no Brasil, o que representa 0,1% do total de médicos registrados. Estes 407 registros representam 342 indivíduos, devido a registro em mais de um estado.
A especialidade aparece entre as que tiveram maior crescimento ao lado de: Clínica Médica, Medicina de Família e Comunidade, Radiologia e Diagnóstico por Imagem, Medicina Legal e Perícia Médica, Cirurgia de Mão, Medicina de Tráfego, Angiologia, Geriatria, Cirurgia de Cabeça e Pescoço, Neurologia, Radioterapia e Mastologia.
“Um dos fatores mais importantes é a própria evolução da medicina. O conhecimento em genética médica tem aumentado com possibilidades de novas tecnologias que auxiliam no diagnóstico e perspectivas terapêuticas”, afirmou a presidente da Sociedade Brasileira de Genética Médica e Genômica (SBGM), Têmis Maria Félix.
As dez especialidades menos frequentes somam apenas 2,3% do total de especialistas (10.984 médicos). São, nesta ordem, aquelas com menor registro de médicos: Genética Médica, Medicina de Emergência, Radioterapia, Medicina Física e Reabilitação, Medicina Nuclear, Cirurgia de Mão, Cirurgia Torácica, Medicina Esportiva, Cirurgia de Cabeça e Pescoço, Patologia Clínica/ Medicina Laboratorial. No total de 495.716 registros de médicos com títulos de especialistas, estão incluídos 57.477 profissionais (11,6%) registrados em mais de um CRM, autorizados a exercer a profissão em mais de uma unidade da Federação.
Dados Gerais
O número de registros de especialistas no país passou de 268.218 em 2012 para 495.716 em 2022, um aumento de 84,8%. O acréscimo tem relação com a maior titulação e expansão da Residência Médica, mas também com a melhoria dos registros e dados acessados pelo estudo, principalmente adequações promovidas nas bases da CNRM e AMB.