Qual é o futuro da medicina? Roche analisará cenários do pós-pandemia
A pandemia obrigou a ciência a agir rapidamente, a considerar o conhecimento gerado em todo o mundo e a promover ações conjuntas para combater um vírus que tem exigido testes diagnósticos, vacinas e medicamentos realizados em tempo recorde. A presença do vírus não acabou, e uma das grandes lições é que a ciência, a saúde e a forma de compreensão deles devem tomar uma nova direção para enfrentar os desafios do futuro.
A fusão entre ciência, inovação e empreendedorismo nos permitiu desenvolver todos os materiais, ferramentas e tecnologias que moldam nossas vidas. Mas estamos cientes desse impacto? Por ocasião de seu 125º aniversário, no dia 24 de novembro, às 11h30, no Chile (GMT-3), a Roche Latin America realizará o evento “Celebrate Life: Science changes our lives” (Celebrar a Vida: A Ciência muda nossas vidas, em português), no qual serão revistos os principais avanços científicos que o mundo viu neste momento e como estes têm sido fundamentais para o desenvolvimento da América Latina e do mundo. Além disso, será analisado o futuro da ciência e como as tecnologias devem ser repensadas para apoiar a sociedade pós-pandemia.
O evento contará com a presença do médico e cientista líder das universidades de Stanford e Harvard, Daniel Kraft, que irá abordar sobre o futuro da saúde e o papel da ciência após a Covid-19. Também participarão Rolf Hoenger, chefe de área da Roche Pharma para a América Latina; Marilú Acosta, Mestre em Saúde Pública e Promoção da Saúde pelo Instituto Henri Poincaré, na França; André Medici, Economista de Saúde Social e Internacional em Washington DC; e Antonio Vergara, Chefe de Área da Roche Diagnóstica para a América Latina.
O painel analisará o futuro da Saúde e o potencial desenvolvimento que a Medicina terá a serviço das pessoas, e onde a ciência deve apontar nos próximos anos em um contexto cheio de incertezas e desafios.
Qual deve ser o futuro da ciência aplicada na medicina? Daniel Kraft, palestrante principal do evento Celebrate Life, enfatizou que “a convergência de tecnologias aceleradas está rapidamente permitindo a reinvenção de cuidados de saúde mais inteligentes, mais disponíveis e mais personalizados, e acelerando a ciência desde a descoberta até os ensaios clínicos à saúde pública”.
Da mesma forma, para Rolf Hoenger, presidente da Roche Latam, a ciência deve avançar para melhorar a qualidade da saúde, e que esses avanços beneficiem todos os pacientes efetivamente. “Precisamos investir cada vez mais em saúde, desde a pesquisa e desenvolvimento de soluções inovadoras até sua integração em sistemas de saúde para que cheguem mais rápido aos pacientes”.
Por sua vez, Antonio Vergara ressaltou que “através de alianças entre os setores público e privado, bem como a academia, organizações não governamentais e organizações multilaterais, teremos a capacidade de reunir todos os recursos que promovam a ciência, o compartilhamento de conhecimento e o acesso a ela. Não apenas para o curto prazo, mas para sustentar e prosperar ao longo do tempo”.
No entanto, diante de um futuro repleto de caminhos a serem trilhados, surge a pergunta: O que o futuro da ciência e da medicina exige para lidar com contextos desafiadores? Para Marilú Acosta, o objetivo da medicina deve ser a preservação da saúde, e não a recuperação dela. “Se não houver uma modificação franca do setor, do poder da saúde nas mãos daqueles que o exercem, o futuro da medicina e da saúde será uma contração a tal ponto que a sociedade entra em um retrocesso não só a saúde, mas mesmo no desenvolvimento da humanidade”, explicou.
Uma ideia com a qual André Medici concorda, que afirma que antes de entender quais são os desafios do conhecimento, é necessário separar os problemas estruturais e conjunturais a serem resolvidos. Por exemplo, o pluralismo fragmentado da oferta de saúde, o cuidado não integrativo e a falta de mecanismos de gestão são problemas estruturais que, segundo o economista, ameaçam uma boa entrega de medicamentos à população da América Latina e do mundo.
Há fatores recentes e imprevisíveis que, segundo Medici, devem ser atentos entre agora e o futuro. Alguns desses eventos são os mecanismos dos diferentes sistemas de saúde, a estabilidade de cada governo e, claro, a pandemia Covid-19 que colocou a saúde global em xeque. “A pandemia tem desestruturado tanto a oferta quanto a demanda por saúde, o que tornou necessário reconfigurar o acesso aos serviços para evitar a supermortalidade e a supermorbidade devido a doenças crônicas que ficaram para trás durante o ano e meio da pandemia”, enfatizou o economista da saúde.
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