Projeto irá promover formação médica com responsabilidade social
Fortalecer políticas públicas responsáveis pela abertura, avaliação, monitoramento e reconhecimento das escolas e da educação médica no país, considerando as desigualdades sociais que o Brasil enfrenta. Este é o objetivo do projeto Formação Médica para o Brasil: onde estamos e para onde vamos? Um olhar comprometido com a responsabilidade social do século XXI, liderado pela Associação Brasileira de Educação Médica (Abem) em parceria com o Ministério da Saúde (MS), do Ministério da Educação (MEC) e Organização Panamericana de Saúde (OPAS). Sandro Schreiber de Oliveira, presidente da Abem, destaca que o projeto busca construir alternativas sólidas para avaliação do ensino médico além de qualificar as informações disponíveis. “Isso irá contribuir para que políticas públicas sejam pactuadas amplamente com a sociedade, de modo que possamos ter um cenário alinhad0 com as necessidades da sociedade”, salienta ele.
A iniciativa irá realizar oficinas em todo país, reunindo os diversos atores para ampliar a escuta e identificar os principais avanços e desafios das escolas de medicina. Dessa maneira, o projeto busca organizar um rol de boas práticas e sugestões de caminhos para alcançar a qualidade da educação médica a partir de indicadores discutidos e validados pelo conjunto de atores sociais. “Iremos reunir ações que possam trazer uma visão mais integral para a formação médica e apresentar caminhos possíveis, inclusive para a revisão das diretrizes curriculares nacionais”, explica Denise Herdy Afonso, vice-presidente da Associação Brasileira de Educação Médica (Abem).
A partir das nove regionais da Associação Brasileira de Educação Médica (Abem) serão ouvidos gestores/as, educadores/as e educandos/as além de entidades da educação médica e das gestões regionais do SUS, partindo da experiência da Abem de que existem oportunidades diversas de organização dos currículos médicos considerando as realidades locais, sendo necessário trazer valores que sejam universais e nacionais e constituam um consenso para toda e qualquer escola e currículo. “Essa realização fortalecerá ainda mais ações que aprimorem a formação dos médicos e médicas”, destacou Camilo Santana, Ministro da Educação, no evento de lançamento.
Com duração prevista de dois anos, o projeto, que tem ênfase na responsabilidade social, reúne os Ministérios da Saúde e Educação, que buscam auxiliar na formação médica permanente e de qualidade. “Estou confiante no processo de construção democrática dos novos rumos da educação médica”, salientou Nísia Teixeira, Ministra da Saúde na ocasião do lançamento do projeto em Brasília.