Percepções e prioridades do câncer nas favelas brasileiras

O Dia Mundial do Câncer 2024, campanha global liderada pela União Internacional para o Controle do Câncer (UICC, na sigla em inglês), faz um alerta e um chamado para que o mundo acabe com as desigualdades existentes no acesso ao cuidado oncológico. O Instituto Oncoguia, ONG de apoio e informação ao paciente com câncer e um dos representantes brasileiros da campanha, apresenta dados que mostram como fatores de renda, moradia, raça e educação impactam na busca e no acesso a um cuidado precoce e efetivo do câncer no Brasil.

A pesquisa “Percepções e prioridades do câncer nas favelas brasileiras”, de 2023, feito a pedido da ONG pelo DataFavela, aponta que 85% dos moradores de favelas no Brasil dizem que se tivessem melhores condições financeiras, poderiam cuidar melhor da saúde, fazendo exames de rotina com maior frequência. O trabalho contou com 2963 participantes de todas as regiões do país.

A partir de dados quantitativos e qualitativos, a pesquisa constatou a existência de barreiras econômicas, sociais e culturais nas favelas brasileiras que afetam o acesso ao cuidado do câncer. Questões financeiras estão entre os obstáculos mais recorrentes.

“Convivemos diariamente com essa realidade dolorida em que pacientes, seja por falta de dinheiro, dispensa no trabalho ou por não ter onde e com quem deixar os filhos, faltam a exames, perdem consultas ou até abandonam o tratamento. Isso leva a um impacto profundo em suas vidas diante de um diagnóstico de um câncer”, comenta Luciana Holtz, presidente do Oncoguia.

O deslocamento para os equipamentos de saúde também foi um dos problemas destacados. Cerca de 82% dos participantes afirmaram que demoram mais de uma hora para chegar às UBSs e UPAs.

A demora para agendar consultas e exames também foi amplamente relatada pelos entrevistados. Cerca de 70% afirmam que tentam cuidar da saúde, mas nunca encontram médicos nas UBSs e postos de saúde e, quando conseguem consultas, os exames demoram muito.

Por fim, desigualdades de gênero também afetam o acesso à assistência oncológica. Segundo a pesquisa, 44% das mulheres com filhos concordam que se tivessem com quem deixar as crianças, poderiam cuidar melhor da saúde.

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