Plataforma de estimulação cerebral aliada à IA é a nova aposta para o tratamento da epilepsia

Um estudo publicado na Brain Communications destaca uma nova abordagem para o tratamento da epilepsia resistente a medicamentos. Pesquisadores da Mayo Clinic desenvolveram uma plataforma inovadora de estimulação cerebral profunda ((DBS, do inglês Deep Brain Stimulation) que foi utilizada não apenas para reduzir as crises, mas também para melhorar a memória e o sono — dois desafios comuns para pacientes com epilepsia.

A epilepsia, um distúrbio convulsivo que afeta cerca de 50 milhões de pessoas em todo o mundo, costuma prejudicar a memória, as emoções e o sono. Muitos casos são resistentes a medicamentos, deixando os pacientes com opções limitadas de tratamento. Pesquisadores da Mayo Clinic descobriram que a DBS de baixa frequência não apenas reduziu as convulsões, mas também melhorou a memória e o sono.

“Utilizando um dispositivo experimental implantado, a equipe monitorou initerruptamente a atividade cerebral com rastreamento de convulsões e sono impulsionado por IA,” diz Gregory Worrell, M.D., Ph.D., neurologista na Mayo Clinic e coautor principal do estudo. “Uma plataforma em nuvem avaliou simultaneamente o comportamento, a memória e o humor dos participantes em suas casas. Esses dados em tempo real permitem o ajuste preciso das configurações de estimulação, maximizando os benefícios enquanto minimizam os efeitos colaterais.”

“Utilizando um dispositivo implantado que monitora regularmente a atividade cerebral, podemos detectar as convulsões com mais precisão do que os diários registrados pelos pacientes, a fim de otimizar a estimulação cerebral profunda em tempo real e melhorar o tratamento”, diz o Vaclav Kremen, Ph.D., pesquisador da Mayo Clinic e coautor principal do estudo.

Os pesquisadores monitoraram cinco pacientes com epilepsia do lobo temporal durante todo o tratamento com DBS. O sistema permitiu que os pacientes acompanhassem sua atividade cerebral e sintomas remotamente, fornecendo aos médicos dados detalhados e do mundo real para ajustar os tratamentos. Essa tecnologia pode levar a tratamentos mais eficazes para a epilepsia resistente a medicamentos e pode ser expandida para tratar outros distúrbios neurológicos e psiquiátricos.

“Nosso estudo demonstra o potencial das neurotecnologias emergentes no tratamento de doenças humanas”, diz Jamie Van Gompel, neurocirurgião na Mayo Clinic e coautor do estudo.

“Combinando neurociência, engenharia e inteligência artificial, nosso trabalho está abrindo portas para tratamentos mais personalizados e eficazes para a epilepsia e outros distúrbios cerebrais”, diz Worrell.

O estudo foi apoiado pelos Institutos Nacionais de Saúde — Instituto Nacional de Distúrbios Neurológicos e Derrame, pela Agência de Projetos de Pesquisa Avançada de Defesa (DARPA) e pelo projeto CLARA, que recebeu financiamento do programa Horizonte Europa de pesquisa e inovação da União Europeia. Os dispositivos implantados foram doados pela Medtronic como parte da Parceria Público-Privada da Iniciativa do Cérebro dos Institutos Nacionais de Saúde.

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