Entidades criam comissão de combate à violência contra médicos

Agressões físicas, depredações e ameaças. A missão de salvar vidas tem se tornado cada vez mais perigosa para os médicos. A cada semana, pelo menos 12 profissionais são agredidos por pacientes no Estado, segundo o Sindicato dos Médicos do Espírito Santo (Simes). O roteiro parece o mesmo do último ano, e do ano anterior a este.

Na Grande Vitória, os números são preocupantes, dessas 12 agressões semanais no Estado, sejam elas verbais ou físicas, 3 a 6 acontecem na região. Os municípios da Grande Vitória seguem como locais de muita insegurança para a atuação do profissional de medicina.

Os principais motivos estão ligados à superlotação e à falta de estrutura das unidades de saúde. Os relatos de violência abrangem todo o sistema de saúde, mas são mais comuns na rede pública, local em que os pacientes sofrem com a precariedade do atendimento. “São pessoas que chegam ao posto sentindo dores e o fato de ter que esperar muito tempo pelo atendimento os revolta. Assim, podem acabar partindo para casos de agressão verbal e até mesmo física’’, relata o advogado do Simes, Télvio Valim.

Dados do Sindicato revelam que as agressões são mais frequentes nas unidades de saúde localizadas nos municípios da Serra e de Cariacica. Nessas áreas, a insegurança tem levado muitos médicos a pedir transferências de seus postos de trabalho.

“O Sindicato dos Médicos do Espírito Santo segue cobrando segurança armada nas unidades de saúde da Grande Vitória, não apenas a guarda patrimonial, que, em casos extremos como o de hoje, nada podem fazer para garantir a integridade física dos funcionários e médicos no local de trabalho”, afirmou o advogado do Simes, Dr. Télvio Valim.

Exemplos recentes embasam o levantamento do Simes. Nos últimos 20 dias, casosde violência extrema nas unidades de saúde da Grande Vitória chegaram em forma de denúncia para o Simes, porém, nem todos os casos foram registrados nas delegacias.

– No dia 30 de maio, uma médica sofreu socos no rosto, a agressora era a mãe de um paciente, na UPA de Serra Sede;

– Em 04 de junho, um acerto de contas entre criminosos acabou com um paciente ferido a tiro dentro da unidade de saúde do bairro Glória, em Vila Velha;

– No dia 12 de junho uma residente em pediatria foi obrigada a atender um paciente com uma arma voltada para sua cabeça;

– E, por fim, no último domingo (17), um médico foi agredido, novamente, na UPA de Serra Sede. De todas essas agressões em apenas 20 dias, apenas a do dia 30 de maio rendeu um boletim de ocorrência junto à Polícia Militar.

”Entendemos a revolta da população quando não consegue o atendimento para a saúde de seus filhos, mas, a agressão contra os profissionais médicos não só impedem o atendimento dos seus filhos, como o de todos os outros pacientes que precisam utilizar o serviço de saúde pública”, finalizou o advogado.

Participam da Comissão, além do CRM-ES, que propôs sua criação, o Simes (Sindicato dos Médicos do Espírito Santo), a Ames (Associação Médica Capixaba), os conselhos de Enfermagem do Espírito Santo (Coren-ES) e dos Advogados (OAB-ES), a Secretaria de Estado de Segurança Pública e Defesa Social (Sesp) e a Assembleia Legislativa. Representantes de todas essas organizações estiveram presentes à reunião. O presidente do CRM-ES, Carlos Magno Pretti Dalapicola, disse que convidará, também, a Associação dos Municípios do Estado do Espírito Santo (Amunes), para fazer parte dessa Comissão. A próxima reunião deve ocorrer no início de julho.

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