Lâmpada que reflete enfermagem precisa de combustível

Por Ana Lucia Capucho

Representada por uma lâmpada a óleo, uma cruz vermelha e uma serpente, a profissão celebrada internacionalmente no dia 12 de maio existe há milênios e surgiu muito antes da criação do próprio símbolo. Desde a invenção da escrita, na Antiguidade, por volta de 4.000 a.C, já havia relatos de mulheres cuidadoras de enfermos. Logo no início, o cuidado foi movido pelo amor ao próximo. Para exercer o seu papel, elas tinham que enfrentar diversos desafios, como a falta de reconhecimento e valorização da profissão, além de barreiras para ter acesso a educação e treinamento adequados.

Hoje, milhares de anos depois, a enfermagem não é exercida apenas por mulheres. Os cuidados, concentrados em conventos, mosteiros e campos de batalha, passaram a ser oferecidos em hospitais, centros especializados e laboratórios, por exemplo. Os recursos até então escassos por limitações tecnológicas, guerras ou recessões, tornaram-se mais acessíveis e até abundantes para algumas pessoas e em certas regiões. No entanto, o olhar para a enfermagem não acompanhou tais transformações na mesma velocidade.

A enfermagem é uma profissão de amplo conhecimento técnico e humano e que precisa que seus profissionais sigam métodos e protocolos na prestação do cuidado. O que tenho percebido é que há um grande volume de enfermeiros disponíveis no mercado; no entanto, com necessidade de aprimorar o ensinamento recebido na universidade, para que estejam de acordo com os padrões atuais das instituições de saúde. Outro ponto importante é a melhoria da capacitação para lidar com os possíveis conflitos no dia a dia que permeiam o cuidado ao paciente, a fim de evitar transtornos que possam impactar na saúde mental.

Já dentro das instituições, há diversos fatores que influenciam no sentimento de valorização do profissional, como a cultura da empresa, o perfil do gestor direto e o relacionamento com o paciente. Por isso, neste ano, acredito que o setor de enfermagem precise focar em cuidar da gestão das pessoas e da saúde mental dos profissionais, respeitando a hierarquia e a individualidade, mas estimulando o engajamento, o protagonismo, e ressaltando a importância de estar sempre atualizado, capacitado e preparado para atuar com excelência e segurança.

Não é fácil ser enfermeiro. Nunca foi. Enfrentamos desafios desde a Antiguidade, mas também superamos e resistimos a todos eles. Passamos por eras, guerras e até pandemias – incluindo a mais recente. O que nos move é cuidar das pessoas, e esse propósito nunca pode se perder. Assim como o cuidado com aqueles que cuidam. No mais, é sempre possível adaptar, melhorar e mudar. Eu, se pudesse voltar no tempo, escolheria a enfermagem de novo, sem dúvida alguma.


*Ana Lucia Capucho é superintendente assistencial do Hcor.

Damos valor à sua privacidade

Nós e os nossos parceiros armazenamos ou acedemos a informações dos dispositivos, tais como cookies, e processamos dados pessoais, tais como identificadores exclusivos e informações padrão enviadas pelos dispositivos, para as finalidades descritas abaixo. Poderá clicar para consentir o processamento por nossa parte e pela parte dos nossos parceiros para tais finalidades. Em alternativa, poderá clicar para recusar o consentimento, ou aceder a informações mais pormenorizadas e alterar as suas preferências antes de dar consentimento. As suas preferências serão aplicadas apenas a este website.

Cookies estritamente necessários

Estes cookies são necessários para que o website funcione e não podem ser desligados nos nossos sistemas. Normalmente, eles só são configurados em resposta a ações levadas a cabo por si e que correspondem a uma solicitação de serviços, tais como definir as suas preferências de privacidade, iniciar sessão ou preencher formulários. Pode configurar o seu navegador para bloquear ou alertá-lo(a) sobre esses cookies, mas algumas partes do website não funcionarão. Estes cookies não armazenam qualquer informação pessoal identificável.

Cookies de desempenho

Estes cookies permitem-nos contar visitas e fontes de tráfego, para que possamos medir e melhorar o desempenho do nosso website. Eles ajudam-nos a saber quais são as páginas mais e menos populares e a ver como os visitantes se movimentam pelo website. Todas as informações recolhidas por estes cookies são agregadas e, por conseguinte, anónimas. Se não permitir estes cookies, não saberemos quando visitou o nosso site.

Cookies de funcionalidade

Estes cookies permitem que o site forneça uma funcionalidade e personalização melhoradas. Podem ser estabelecidos por nós ou por fornecedores externos cujos serviços adicionámos às nossas páginas. Se não permitir estes cookies algumas destas funcionalidades, ou mesmo todas, podem não atuar corretamente.

Cookies de publicidade

Estes cookies podem ser estabelecidos através do nosso site pelos nossos parceiros de publicidade. Podem ser usados por essas empresas para construir um perfil sobre os seus interesses e mostrar-lhe anúncios relevantes em outros websites. Eles não armazenam diretamente informações pessoais, mas são baseados na identificação exclusiva do seu navegador e dispositivo de internet. Se não permitir estes cookies, terá menos publicidade direcionada.

Visite as nossas páginas de Políticas de privacidade e Termos e condições.

Importante: A Medicina S/A usa cookies para personalizar conteúdo e anúncios, para melhorar sua experiência em nosso site. Ao continuar, você aceitará o uso. Veja nossa Política de Privacidade.