Embedded Finance: o futuro para a gestão em saúde
Os últimos anos foram um turbilhão de transformações. Vimos a tecnologia financeira avançar como nunca e o setor da saúde foi um dos que mais precisou inovar. Hoje, temos um cenário promissor e ouso dizer que, para os próximos anos, a grande tendência será o Embedded Finance. Mas afinal, o que é isso?
Na tradução livre o termo significa “finanças incorporadas”. Na prática, de forma generalista, podemos dizer que é uma tecnologia que permite que empresas incorporem produtos e serviços financeiros em seu portfólio, de forma que seus clientes pessoas jurídicas possam solicitar ofertas de produtos financeiros, como o crédito, diretamente nos dashboards que usam no dia a dia. O mais interessante é que essa tecnologia não se restringe apenas ao setor financeiro: ela é uma realidade cada vez mais presente na área da saúde.
É notável como a gestão em saúde tenha passado por um processo acelerado de digitalização nos últimos anos, então é plausível acreditar que o futuro da gestão financeira no setor seja via Application Programming Interface (API). Os motivos são vários: podemos começar falando sobre a economia do bem mais precioso, o tempo. Ao fazer todas as operações financeiras na mesma plataforma, em que é realizada a gestão do dia a dia, até 80% do tempo gasto pode ser reduzido.
As plataformas de gestão utilizadas por empresas na área de saúde concentram valiosas informações sobre sua atividade cotidiana. As instituições ofertantes de crédito utilizam algoritmos de Inteligência Artificial para processar grandes massas de dados e traduzi-los em ofertas de produtos financeiros. Quando as decisões de crédito são tomadas baseadas em dados, o financiador consegue estimar com maior precisão a taxa de juros justa em relação ao risco, assim como determinar o valor e prazo mais adequados para cada empréstimo de forma muito mais precisa e individualizada, oferecendo condições bastante interessantes para cada empresa que esteja buscando empréstimo naquele momento.
Para os bancos, financeiras e fintechs atuantes no Embedded Finance, a conta também fecha, pois, a oferta dos produtos se dá de forma digital, sem necessidade de grandes investimentos nas áreas comerciais ou redes de varejo, como agências bancárias por exemplo, para chegar até os clientes e realizar a oferta. Dessa forma, reduzindo dramaticamente o custo de aquisição de clientes e barateando a oferta do produto na ponta. Aqui está o ganha-ganha!
É devido a essa série de benefícios e, também, da comodidade para o tomador de crédito, que acredito que o fim das operações tradicionais está cada vez mais próximo e que a tendência é que o Embedded Finance seja, cada vez mais, um aliado da gestão em saúde.
*Rodrigo Cabernite é CEO da GYRA+.