A necessidade de ecossistemas para o fortalecimento da saúde

Por Bruno Libman

Com altos índices de inflação médica, custos elevados, remuneração baseada na quantidade de pessoas doentes e não em bons resultados, tudo indica que o modelo atual de saúde brasileiro não será sustentável a longo prazo.

Além disso, esse é um mercado que ainda insiste em trabalhar sozinho (ou dentro do seu próprio ecossistema). Durante o Health Innovation Day, o tema foi abordado e, na ocasião, o Dr. Sidney Klajner, do Hospital Israelita Albert Einstein, mencionou em sua aula que as parcerias serão uma das chaves para enfrentarmos os desafios desta próxima década.

De acordo com ele, a chave para essa jornada está na união das empresas e o diálogo entre os stakeholders. Como executivo do setor há mais de 20 anos, eu não poderia concordar mais, e trago também ao debate a importância da inovação que nos impulsiona a um segmento mais analítico, com uso de ferramentas de inteligência artificial, e com foco também na eficiência operacional dos nossos serviços.

A combinação de todos esses fatores com o paciente no centro das nossas decisões é a principal resposta para essa jornada de crescimento no mercado de saúde. Muito além dos sintomas, o tratamento das causas, e da raiz de cada problema, cuidando da saúde dos pacientes de forma integral e criando jornadas de experiência integradas é o que nos permitirá conhecer melhor este consumidor – e assim ajudá-lo em busca de uma vida ativa e plena.

Nas últimas discussões com grandes investidores do segmento, dois fatores foram destacados por eles quando estão em busca de empresas para investirem: uma gestão eficiente e empresas que se preocupam com a redução de custos. E que tudo isso esteja alinhado a uma medicina que priorize as necessidades dos pacientes.

Independente do tamanho de cada companhia, seja na jornada integrada em grandes players ou em clínicas menos robustas, a grande questão é: como quebrar as fronteiras? Como sair do ecossistema de cada empresa e integrá-la de verdade com indústria, operadora de saúde, hospitais privados, SUS?

Para um ecossistema real de saúde brasileiro, o foco deve ser o paciente no centro

Um novo olhar sobre o mercado de saúde a longo prazo deve incluir parcerias fortes e duradouras, criando assim um ecossistema real de saúde. Só assim será possível evitar jornadas fragmentadas, que causam estresse e atrasam o tratamento dos pacientes. Um exemplo é o do Hospital Albert Einstein com a rede Fleury na atuação da área da genômica.

Sergio Ricardo Santos, consultor de estratégia do DASA, também tem apontado a necessidade desse ecossistema de saúde brasileiro, reforçando a importância de uma colaboração ativa que substitua, em suas palavras, “uma competição predatória”.

As últimas notícias sobre os problemas enfrentados por operadoras de saúde e clínicas têm preocupado a todos do segmento, mas será que estamos buscando alternativas de forma coletiva, sem ouvirmos uns aos outros?

Não é novidade que, no Brasil, diversas iniciativas têm explorado o potencial da IA na saúde. Grandes hospitais e instituições de pesquisa têm investido em tecnologias de IA para melhorar seus serviços e promover avanços médicos, mas a humanização e a força coletiva desse ecossistema é o que nos levará longe no mercado de saúde brasileiro.

Principais tendências para a criação de um ecossistema de saúde personalizado

Um relatório da consultoria EY trouxe as cinco tendências que impulsionam a construção de um ecossistema de saúde personalizado, com um recorte específico para o Brasil. São elas:

  1. Construir um ecossistema colaborativo,
  2. inserir tecnologias geradoras de dados no paradigma da saúde,
  3. Incorporar ciência comportamental a produtos e serviços,
  4. Viabilizar a confiança dos stakeholders e
  5. Adaptar modelos de negócios.

Sua companhia está preparada para enfrentar esse desafio e sair ainda maior da crise que vem assolando o mercado de saúde brasileiro? Um ecossistema de mercado sólido e colaborativo no setor da saúde é fundamental para impulsionar a inovação e garantir a implementação eficiente da IA no segmento.

Para isso, mais do que nunca, é preciso promover a troca de conhecimentos e experiências entre diferentes atores, como hospitais, universidades, startups e investidores. A criação de espaços de colaboração e eventos de networking pode facilitar a interação entre essas personas e estimular a cocriação de soluções inovadoras que beneficiem a todos e, principalmente, aos pacientes brasileiros.


*Bruno Libman é CEO do Grupo Vitus.

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