Estratégias na prevenção de doenças cardíacas em pacientes com diabetes

Segundo a Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC), mais de 80% das mortes por diabetes estão relacionadas a problemas cardíacos e renais. Uma pesquisa publicada no periódico JAMA: The Journal of the American Medical Association, no início de março, revelou que, por meio da educação médica e do trabalho colaborativo, pode ser possível mudar esse cenário. O estudo, chamado de COORDINATE-Diabetes, foi conduzido por pesquisadores da Universidade de Duke, nos Estados Unidos. O estudo mostrou que muitos médicos não prescrevem terapias para prevenção de problemas cardíacos em pacientes com diabetes tipo 2.

Para o desenvolvimento da pesquisa, foram selecionadas 43 clínicas de cardiologia nos Estados Unidos. Em 20 dessas clínicas, os médicos participaram de um processo educacional multifacetado. Por meio de aulas online, palestras e teleconferências, foram apresentadas revisões das diretrizes práticas atuais e das evidências sobre medicamentos capazes de prevenir doenças cárdicas em pacientes com diabetes. Além disso, foi proposto um trabalho integrado entre cardiologistas, endocrinologistas e enfermeiras especialistas em implementação, que coordenaram o atendimento entre os diferentes médicos.

“Por meio desse estudo mostramos que, quando incentivamos um trabalho colaborativo entre os médicos e levamos conhecimento, há uma mudança na forma como eles tratam os pacientes com diabetes tipo 2. Ao final da pesquisa, tivemos um aumento de 23,4% nas prescrições de medicamentos e terapias que ajudarão a prevenir problemas cardíacos nessas pessoas e possivelmente salvarão vidas”, explica Renato Delascio Lopes, professor titular da Duke e fundador e diretor-executivo do Brazilian Clinical Research Institute – BCRI e um dos responsáveis pelo estudo.

A pesquisa indicou que o trabalho conjunto entre endocrinologistas e cardiologistas é fundamental para que o tratamento correto seja aplicado no paciente com a doença. “Em primeiro lugar, não adianta criarmos tratamentos se eles não chegam aos pacientes. Por isso, precisamos, antes de tudo, levar ao conhecimento dos profissionais da saúde as atualizações das diretrizes e todas as informações que poderão levá-los a indicar o melhor tratamento para o seu paciente. Em segundo lugar, esses médicos precisam aprender a trabalhar juntos de forma integrada e coordenada”, esclarece Lopes.

Entre as medicações que passaram a ser prescritas para os pacientes com diabetes tipo 2, estavam medicamentos para controle de colesterol e de pressão arterial, além de novos medicamentos para controle de glicose (açúcar no sangue), que comprovadamente ajudam a prevenir doenças cardiovasculares. O próximo passo é seguir acompanhando as pessoas que estão recebendo as novas terapias para avaliar a eficiência do trabalho preventivo a longo prazo.

Damos valor à sua privacidade

Nós e os nossos parceiros armazenamos ou acedemos a informações dos dispositivos, tais como cookies, e processamos dados pessoais, tais como identificadores exclusivos e informações padrão enviadas pelos dispositivos, para as finalidades descritas abaixo. Poderá clicar para consentir o processamento por nossa parte e pela parte dos nossos parceiros para tais finalidades. Em alternativa, poderá clicar para recusar o consentimento, ou aceder a informações mais pormenorizadas e alterar as suas preferências antes de dar consentimento. As suas preferências serão aplicadas apenas a este website.

Cookies estritamente necessários

Estes cookies são necessários para que o website funcione e não podem ser desligados nos nossos sistemas. Normalmente, eles só são configurados em resposta a ações levadas a cabo por si e que correspondem a uma solicitação de serviços, tais como definir as suas preferências de privacidade, iniciar sessão ou preencher formulários. Pode configurar o seu navegador para bloquear ou alertá-lo(a) sobre esses cookies, mas algumas partes do website não funcionarão. Estes cookies não armazenam qualquer informação pessoal identificável.

Cookies de desempenho

Estes cookies permitem-nos contar visitas e fontes de tráfego, para que possamos medir e melhorar o desempenho do nosso website. Eles ajudam-nos a saber quais são as páginas mais e menos populares e a ver como os visitantes se movimentam pelo website. Todas as informações recolhidas por estes cookies são agregadas e, por conseguinte, anónimas. Se não permitir estes cookies, não saberemos quando visitou o nosso site.

Cookies de funcionalidade

Estes cookies permitem que o site forneça uma funcionalidade e personalização melhoradas. Podem ser estabelecidos por nós ou por fornecedores externos cujos serviços adicionámos às nossas páginas. Se não permitir estes cookies algumas destas funcionalidades, ou mesmo todas, podem não atuar corretamente.

Cookies de publicidade

Estes cookies podem ser estabelecidos através do nosso site pelos nossos parceiros de publicidade. Podem ser usados por essas empresas para construir um perfil sobre os seus interesses e mostrar-lhe anúncios relevantes em outros websites. Eles não armazenam diretamente informações pessoais, mas são baseados na identificação exclusiva do seu navegador e dispositivo de internet. Se não permitir estes cookies, terá menos publicidade direcionada.

Visite as nossas páginas de Políticas de privacidade e Termos e condições.

Importante: A Medicina S/A usa cookies para personalizar conteúdo e anúncios, para melhorar sua experiência em nosso site. Ao continuar, você aceitará o uso. Veja nossa Política de Privacidade.