Retenção de faturamento por hospitais e planos prejudica indústria médica

A Associação Brasileira de Importadores e Distribuidores de Produtos para Saúde – ABRAIDI – concluiu uma sondagem com empresas associadas agora no começo do ano que irá nortear uma ampla pesquisa. Pelos dados preliminares, as distorções no setor se agravaram e já comprometem o fluxo de caixa das empresas podendo significar até desabastecimento de produtos.

A principal distorção apontada pelo levantamento é a retenção de faturamento praticada por hospitais e planos de saúde. “A retenção é quando o cliente exige que o fornecedor não emita a nota fiscal e a fatura, ou seja, o nosso associado fornece uma prótese de joelho ou um stent para uma cirurgia e o hospital ou plano de saúde não permite a emissão da nota fiscal, deixando o recebimento do pagamento pelo produto em suspenso”, explica o presidente da ABRAIDI, Sérgio Rocha.

Agora no começo do ano, 38% dos pesquisados afirmaram que as retenções já representam de 11% a 30% do faturamento mensal das empresas, para 28% entre 31% de 60% do faturamento/mês, para 13% entre 61% e 100%. Segundo 6% dos empresários, as retenções correspondem a mais de 101% do faturamento mensal. “No ano passado, o cenário era desolador e não poderíamos imaginar que ele iria se deteriorar ao longo de 2021 e começo de 2022”, lamenta Sérgio Rocha.

Os planos de saúde e as operadoras são os principais clientes que praticam as retenções de faturamento para 64% dos associados, seguidos dos hospitais com 36%. “Várias empresas são citadas nominalmente de forma reincidente na pesquisa, muitas delas gigantes do mercado e com ações na bolsa de valores. Estão estrangulando o nosso segmento. Já fizemos uma denúncia na Comissão de Valores Mobiliários (CVM), no passado, e em órgãos reguladores como a ANS”, completa Rocha.

Para 40% das associadas da ABRAIDI, entre a entrega de um produto e o recebimento estão se passando mais de 121 dias. Segundo 38%, essa lacuna está entre 91 e 120 dias, para 15% entre 61 e 120 dias e 8% entre 41 e 60 dias. Nenhum associado (0%) respondeu que recebe dentro dos 30 dias que seria o prazo normal de mercado.

Na conclusão da enquete a ABRAIDI pediu aos associados que citassem nominalmente os planos de saúde e hospitais que praticam com regularidade as retenções de faturamento. Entre os hospitais, em primeiro lugar, apareceu disparado a Rede D’Or e com citações pontuais o Hospital Beneficência Portuguesa e o Hospital São Camilo, em São Paulo, entre outros. Entre os planos de saúde e operadoras, em primeiro lugar ficou a Amil, seguida da Sulamérica, Unimed – Nacional, Unimed-Rio e Unimed-Curitiba. Com citações pontuais aparecem Intermédica, Bradesco, entre outros.

As associadas da ABRAIDI fornecem ao mercado, além de stents cardiológicos e próteses de joelho, conjuntos descartáveis para a realização de diálise, sondas para nutrição enteral, catéteres, drenos, grampeadores para cirurgias, oxigenador, marcapassos, máscaras, respiradores e kits para intubação, usados amplamente durante a pandemia de Covid-19, entre outros tantos.

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