Hospital Pequeno Príncipe dá salto tecnológico no cuidado infantojuvenil
O Hospital Pequeno Príncipe, referência nacional em saúde infantojuvenil, deu um salto histórico rumo ao futuro: a instituição digitalizou mais de 2 mil prontuários e passou a integrar todos os seus sistemas em uma única plataforma segura, impactando 100% das crianças e adolescentes atendidos. O avanço foi possível com o apoio do Google, por meio do Fundo da Infância e Adolescência, que tornou realidade o Projeto Hospital Digital.
A dependência de processos em papel, ainda tão comum na saúde brasileira, está sendo superada. Hoje, informações clínicas já estão disponíveis de forma integrada e instantânea, em um ambiente protegido por sistemas de backup. São 2.315 prontuários digitalizados, equivalentes a mais de 86 mil páginas, organizados de forma que médicos, enfermeiros e gestores tenham acesso imediato aos dados — sem perda, extravio ou demora.
A interoperabilidade conquistada entre softwares do hospital também revolucionou rotinas administrativas e de atendimento, trazendo ganhos de produtividade para todos os setores. Do faturamento ao leito, cada etapa da jornada do paciente foi repensada para garantir mais agilidade, eficiência e, principalmente, segurança.
As primeiras fases do projeto já trouxeram resultados notáveis:
- Sistemas e aplicações: foram instalados três novos sistemas e aplicações: Data Warehouse, PACS e Beira-Leito.
- Equipamentos: 178 novos equipamentos foram adquiridos.
- Certificados digitais: foram emitidos 233 certificados digitais em 2024, o que totalizou 1.580 emissões desde o início do projeto.
- Exames: o novo Sistema de Arquivamento e Gerenciamento de Imagens (PACS) armazenou mais de 100 mil exames de ressonância magnética, tomografia, ultrassonografia e radiologia, oferecendo mais qualidade e precisão aos diagnósticos, além de ferramentas mais modernas para tratamento de imagem.
“A inovação tecnológica é um recurso poderoso para transformar vidas. A parceria com o Hospital Pequeno Príncipe demonstra nosso compromisso em usar a tecnologia para fortalecer a saúde pediátrica no Brasil, garantindo mais agilidade e segurança na jornada de cada paciente. É um privilégio apoiar uma iniciativa que está redefinindo o futuro do cuidado infantil no país”, afirma o Diretor Financeiro Sênior do Google Brasil, Ednaldo Silveira.
A iniciativa faz parte de um portfólio mais amplo do Google, que investe, anualmente, milhões de reais em projetos como o do Hospital Pequeno Príncipe por meio das Leis de Incentivo Fiscal. Apenas em 2024, 23 projetos sociais foram apoiados em 144 cidades brasileiras, beneficiando mais de 134 mil pessoas nas áreas de educação, cultura, saúde e esporte.
As organizações sociais são selecionadas por meio de uma tecnologia desenvolvida pela Incentiv, ecossistema de impacto que conecta projetos sociais a empresas patrocinadoras por meio das Leis de Incentivo.
Data center
Para complementar o projeto, a instituição inaugurou seu próprio data center em julho de 2025. O espaço compacto e de alta tecnologia tem cerca de 16m² e conta com acesso restrito, piso elevado, refrigeração dedicada e controle de temperatura e pressão. Também conta com um sistema anti-incêndio de dupla proteção. A nova estrutura garante um índice de disponibilidade de 99,99%, operando 24 horas por dia, sete dias por semana, o ano inteiro. Com o controle de temperatura, energia e equipamentos, o sistema funciona com o menor risco de falhas, impactando a rotina de profissionais como médicos, enfermeiros, professores, pesquisadores e as equipes de higiene, cozinha e recursos humanos.
“Saímos de um ponto de atendimento para nos tornarmos o hospital número 1 na América Latina e um dos melhores do mundo em pediatria porque sempre tivemos o apoio de pessoas e empresas que nos ofereceram tempo ou recursos. O incentivo do Google é um importante passo para alcançar melhorias operacionais relevantes no atendimento aos pacientes e no dia a dia dos profissionais, mas também para o setor como um todo”, destaca Luiz Álvaro Carneiro, Vice-Diretor de Inovação e Tecnologia do Hospital Pequeno Príncipe.
O hospital é referência em pediatria de alta e média complexidades e oferece atendimento em saúde integral e humanizado a crianças e adolescentes de todo o país. Com 47 especialidades e áreas de atuação em pediatria, em 2024 o Hospital Pequeno Príncipe atendeu mais de 106 mil crianças, realizou mais de 239 mil atendimentos ambulatoriais e foi responsável por mais de 20 mil cirurgias. A instituição já formou mais de 2 mil especialistas em pediatria e promove 74% dos seus atendimentos via Sistema Único de Saúde (SUS).

Câncer infantojuvenil
O câncer infantojuvenil é a principal causa de morte por doença entre crianças e adolescentes de 1 a 19 anos no Brasil, segundo o Instituto Nacional do Câncer (Inca). No entanto, o diagnóstico precoce possibilita a chance de cura em 80% dos casos, graças ao início rápido do tratamento e ao menor impacto no organismo da criança.
No Hospital Pequeno Príncipe, após a confirmação do diagnóstico, o paciente conta com uma estrutura totalmente dedicada ao tratamento clínico e cirúrgico. A equipe é multiprofissional, composta por especialistas das mais diversas áreas – enfermagem, nutrição, fisioterapia, fonoaudiologia, psicologia e assistência social – para compor o grupo de atenção às crianças e adolescentes. Em 2024, o Serviço de Oncologia e Hematologia da instituição realizou 6.499 consultas ambulatoriais, 727 internações e 3.314 sessões de quimioterapia para crianças e adolescentes de todo o Brasil.
A oncologia pediátrica do hospital utiliza a tecnologia de diversas formas: do diagnóstico de alta complexidade e do tratamento especializado até a digitalização dos processos internos e a melhoria da experiência de pacientes e famílias por meio do Hospital Digital.
“A digitalização do prontuário traz mais segurança e organização. Diferentemente do papel, que pode ser perdido, danificado ou difícil de ser localizado, os prontuários eletrônicos são armazenados em sistemas seguros de backup, garantindo maior acessibilidade e agilidade no acesso às informações dos pacientes”, afirma a oncologista do Hospital Pequeno Príncipe, Gabriela Caus.
Segundo a especialista, a tecnologia de conectividade, por exemplo, é considerada fundamental, especialmente para pacientes oncológicos que passam longos períodos internados ou em isolamento.
“Em razão do tratamento, as famílias ficam, por vezes, separadas por longos períodos. O acesso à internet via Wi-Fi permite que se conectem por meio de videochamadas, servindo tanto para transmitir notícias quanto para matar a saudade. Muitos pais, em alguns casos, conseguem até trabalhar por certos períodos, mantendo seus empregos. As crianças, em muitos casos, conseguem ter aulas com seus professores de forma remota, e a internet também serve como fonte de distração para elas, que podem assistir a desenhos e filmes, o que ajuda o tempo a passar mais rápido.”