Pesquisa da Abrale revela barreiras no diagnóstico e tratamento de linfomas

Um levantamento da Abrale – Associação Brasileira de Linfoma e Leucemia com 262 pacientes diagnosticados com linfoma expõe os obstáculos que ainda comprometem o cuidado integral da doença aqui no país. Os dados mostram que, embora o linfoma tenha tratamento e, em muitos casos, possibilidade de cura, o atraso para fechar o diagnóstico e a dificuldade de acesso a exames essenciais continuam a impactar diretamente as chances de sucesso e a qualidade de vida dos pacientes.

De acordo com a pesquisa, quase um terço dos entrevistados (31%) precisou passar por mais de três médicos antes de ser encaminhado ao especialista. O tempo médio de espera para o diagnóstico foi de 149 dias, e 24% levaram entre um e dois meses para confirmar a doença. No sistema público, a espera para iniciar o tratamento foi, em média, de 77 dias, contra 60 dias na rede privada.

O estudo também evidenciou a dificuldade no acesso a exames de imagem avançados, fundamentais para o estadiamento e acompanhamento da doença. O PET-Scan, incorporado ao SUS em 2014, ainda não é realidade para muitos pacientes: 23,3% relataram dificuldade para realizar o exame e outros 3,4% afirmaram não ter sequer indicação ou explicação sobre sua necessidade.

Qualidade de vida

A análise da trajetória dos pacientes com linfoma vai além do aspecto clínico. O levantamento mostra que 76% dos entrevistados sofreram impacto financeiro após o diagnóstico, 72% relataram comprometimento do bem-estar emocional e 71% enfrentaram limitações na saúde física durante o tratamento. A frequência de consultas e exames também afeta a rotina: 67% destacaram o desgaste causado pelas idas constantes ao hospital ou centro de saúde.

“Compreender a jornada do paciente é fundamental para propor melhorias no acesso, reduzir desigualdades e garantir que exames, diagnósticos e tratamentos estejam disponíveis de forma rápida e universal”, avalia a médica sanitarista Catherine Moura, CEO da Abrale.

Agosto Verde Claro

Neste mês, a Abrale realiza a campanha Agosto Verde Claro, de conscientização dos linfomas. Com a mensagem “Domine o Linfoma”, a intenção é incentivar o paciente a assumir controle da própria saúde, através de mais informação sobre a doença.

Divididos entre linfoma de Hodgkin (LH) e linfoma não-Hodgkin (LNH), esses tumores de sangue apresentam comportamentos, sinais e graus de agressividade diferentes.

Entre os sintomas, estão nódulos no pescoço, na região axilar ou virilha, febre, suor profundo à noite e perda de peso. Segundo estimativas do Instituto Nacional de Câncer (INCA), são esperados mais de 12 mil novos casos de LNH para o Brasil neste ano. Já para LH, devem ser registrados cerca de 3 mil novos casos.

Os tratamentos dos linfomas de Hodgkin e não-Hodgkin podem ser feitos por radioterapia, quimioterapia, imunoterapia e/ ou terapia celular, dependendo da indicação médica e da eficácia de cada alternativa terapêutica. O transplante da medula óssea também pode ser o tratamento a ser escolhido, dependendo da forma da manifestação e do estágio da doença.

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