Enfermagem – a profissão que evolui sem perder sua essência
Por Renato Paceli
Celebrado no 12 de maio, o Dia Internacional da Enfermagem, é um convite à reflexão sobre a evolução da profissão ao longo das décadas. A evolução da saúde e da própria jornada dos pacientes, vem impulsionando transformações profundas na atuação da enfermagem.
Não é exagero dizer que a carreira passou por uma verdadeira revolução. O papel do enfermeiro, antes restrito ao cuidado básico, hoje é estratégico e multifacetado: além de estar na linha de frente do atendimento, a enfermagem é peça-chave na promoção da saúde, prevenção de doenças, gestão de riscos e tomada de decisões clínicas. À medida que as novas competências crescem, surge também a necessidade de capacitação e atualização constante do enfermeiro. Afinal, o domínio de tecnologias se tornou um diferencial indispensável.
A digitalização dos serviços de saúde trouxe ferramentas que mudaram a forma de atuação do enfermeiro. Tecnologias como bombas de infusão com softwares de segurança, capazes de reduzir erros na administração de medicamentos, sistemas inteligentes que sinalizam automaticamente movimentações anormais e que acompanham os sinais vitais dos pacientes em tempo real se tornaram parte do dia a dia da profissão. Mais do que isso, trouxe à enfermagem, um papel vital no planejamento do cuidado e na gestão dos riscos dos pacientes.
Hoje, os prontuários eletrônicos e os sistemas baseados em inteligência artificial otimizam o fluxo de informações, aumentando a precisão na tomada de decisão e elevando a segurança do paciente. Essa automação pode permitir que os enfermeiros antecipem demandas e cuidados, focando no que há de mais importante: o cuidado humano.
Mesmo diante de tanta inovação, a essência da enfermagem permanece inalterada. O toque cuidadoso, o olhar atento, a escuta ativa e a empatia continuam sendo marcas registradas desses profissionais. A tecnologia apoia, aprimora e facilita, mas não substitui. Pelo contrário, permite que o enfermeiro esteja ainda mais atualizado e atento às necessidades do paciente e que o vínculo humano seja fortalecido que é — e sempre será — o coração da profissão.
No Dia Internacional da Enfermagem, é essencial reconhecer não apenas a história e a dedicação dos profissionais, mas também seu papel de protagonistas na transformação da saúde. Uma profissão que evolui, se reinventa e segue indispensável — com ciência, técnica e, acima de tudo, com humanidade.
*Renato Paceli é enfermeiro e Gerente Medical Science Liaison da Baxter Brasil.